Pesquisa americana mostra que pessoas que dizem dormir mal têm cérebros quase três anos mais velhos que a idade biológica
Dormir bem é essencial para a saúde. Durante o repouso, o corpo se organiza para garantir que o funcionamento do corpo seja adequado no dia seguinte e que tenhamos energia para lidar com a rotina. Contudo, a falta de sono pode provocar mais do que problemas cardíacos e cansaço: pode estar envelhecendo o seu cérebro.
Segundo um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, entre pessoas de 40 a 60 anos que relataram problemas de sono, a idade cerebral pode ser quase três anos superior à biológica. A pesquisa foi divulgada na edição de novembro do periódico acadêmico Neurology.
Foram analisados 589 indivíduos que começaram a pesquisa com, em média, 40 anos: eles preencheram um questionário sobre o sono no começo do levantamento e o repetiram cinco anos depois. No décimo aniversário do estudo, os participantes foram submetidos a exames cerebrais.
Os pesquisadores compararam os resultados dos testes com as respostas dos questionários e notaram uma alteração significativa no cérebro dos voluntários que disseram ter problemas para dormir. Em média, tinham órgãos cerca de 2,6 anos mais velhos do que indivíduos da mesma idade, sexo e estado de saúde, porém afirmavam ter um bom sono.
“Nossas descobertas destacam a importância de abordar os problemas do sono mais cedo na vida para preservar a saúde do cérebro, incluindo manter um horário de sono consistente, praticar exercícios, evitar cafeína e álcool antes de ir para a cama e usar técnicas de relaxamento”, explica a co-autora do estudo, Kristine Yaffe, em comunicado à imprensa.
Os cientistas apontam que uma das limitações do estudo é que ele se baseia nas respostas dos participantes ao questionário — sem saber se as pessoas realmente dormem mal ou se apenas têm essa percepção, não é possível garantir que os problemas de sono causem o envelhecimento acelerado do cérebro.
(Fonte: Metrópoles)