Foto – Gazeta do Cerrado
Conteúdo Gazeta do Cerrado
Coordenada pela jornalista e especialista em comunicação étnico-racial Maju Cotrim, a publicação vai abordar a história e o legado de mulheres negras quilombolas, valorizando suas trajetórias de luta, bem como o legado que deixam para as atuais e próximas gerações
Doutora do Mumbuca, Dona Juscelina, Ilana, Ana Cláudia, Celenita e Dona Camila (in memorian). Pela primeira vez no estado do Tocantins, a história destas e outras mulheres negras quilombolas, referências sociais em suas comunidades, será registrada em um livro. A iniciativa sobre as protagonistas femininas quilombolas foi aprovada no Edital da Lei Aldir Blanc no Tocantins e será publicada até o final deste ano.
O projeto, em fase de pré-produção, é da jornalista, especialista em comunicação étnico-racial e referência no combate ao racismo no Tocantins Maju Cotrim, e vai abordar a história e o legado das quilombolas tocantinenses, valorizando suas trajetórias de luta, bem como o legado que deixam para as atuais e próximas gerações. A intenção é mapear e mostrar as principais representantes quilombolas tocantinenses e ouvir suas visões de mundo e a contribuição de cada uma para o desenvolvimento e repasse de saberes de suas comunidades.
“A história das negras quilombolas precisa ser contada para preservar o legado e deixar o exemplo para as próximas gerações. Nas comunidades, as mulheres têm papel fundamental como líderes em busca de melhorias no desenvolvimento das atividades cotidianas e culturais. A intenção é apresentar mulheres das principais comunidades quilombolas do Tocantins e suas vivências a partir dos seus lugares de fala, enaltecendo, assim, a cultura e a preservação de saberes”, explica a jornalista.
O Tocantins conta com 44 comunidades quilombolas reconhecidas. A primeira edição do livro vai mostrar a biografia de cerca de 30 mulheres de pelo menos cinco comunidades.
Equipe experiente
O projeto tem ainda na equipe profissionais experientes como o cineasta e publicitário Marco Aurélio Jacob, que fará o registro fotográfico, e Gustavo Rossetti, jornalista com mais de 20 anos de atuação e vivências em comunidades tradicionais, que será o editor da obra.