Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado
A política está diretamente ligada à economia dos países, estados e municípios brasileiros. Se um governo não vai bem a situação econômica pode ficar fragilizada e até desencadear uma crise. O economista Raimundo Casé, explicou ao Gazeta do Cerrado que o cenário da administração pública tocantinense já não era dos melhores, depois dessa cassação, tende a ficar pior.
“Os caminhos mais fáceis para as crises econômicas estão relacionados com a instabilidade das instituições e organizações políticas. No Tocantins, temos a baixa eficiência na execução dos serviços e projetos públicos, o alto comprometimento das receitas orçamentárias e financeiras, folha de pagamento dos servidores e uma dependência enorme do setor privado em relação a administração pública, logo, isso dificulta o processo econômico de qualquer lugar”.
Casé ressaltou ainda que com a cassação do governador é natural que empresários e investidores tenham que dar uma freada diante do cenário de incertezas políticas no Estado.
“Nós teremos um governador interino e ainda duas eleições num espaço curto de tempo. É mais do que natural que as pessoas que investiram aqui no Tocantins esperem um pouco mais para tomarem suas decisões econômicas com mais segurança, afinal, é um cenário de incertezas de agora pra frente”.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa) e presidente da Federação das Associações Comerciais e Industrias do Tocantins (Faciet), Fabiano Vale, também foi taxativo em relação ao que pode se esperar como reflexo da crise política.
“A cassação do governador cria incerteza política e instabilidade econômica em virtude do número de servidores públicos no Tocantins. O Governo do Estado paralisa, os projetos que fomentam a economia e os pagamentos são suspensos, como vimos acontecer no passado. Com certeza sentiremos os reflexos disso no comércio, prestação de serviços e indústria”.