Maju Cotrim, editora-chefe da Gazeta do Cerrado – Foto – Divulgação
Maju Cotrim, Editora-Chefe e especialista em comunicação étnico racial, Conteúdo Gazeta do Cerrado
Hoje é 25 de Maio: dia da Mãe África! Muitos não devem nem saber mas tenho orgulho de como comunicadora antirracista trabalhar este assunto jornalisticamente todos os anos! A linha editorial Gazeta do Cerrado valoriza e pauta este assunto mas e a sociedade tocantinense?
Hoje não tem nenhum evento institucional sobre o assunto nem sessão especial.
No Tocantins, várias ações são desenvolvidas através da Associação dos Amigos e Filhos da África- AFAA, entidade que não é tratada como merece! É formada por estudantes intercambistas da UFT que desde 2018 lançaram este movimento para promover a cultura africana no Tocantins através da gastronomia, da moda, da conscientização e também de pesquisas.
O Tocantins ainda precisa compreender e valorizar sua relação com a África! As instituições e setores precisam contribuir e serem abertos para o debate: realizarem eventos, palestras, promoverem troca de experiências o que ainda não ocorre!
Este ano em busca de parceria institucional para realizarem um jantar em homenagem á África além de um chá de cadeira num órgão, passaram várias pessoas na frente no atendimento e no final eles nem foram recebidos. “Será se fôssemos tratar de outro assunto seríamos tratados assim?”, perguntaram revoltados os representantes da AAFA. Em outros locais quando foram buscar também parcerias foram tratados de forma fria e sem sequer retorno.
Infelizmente há um distanciamento deste assunto no Tocantins! Tratam a pauta ainda como se fosse “um favor”, talvez por isso o Tocantins mesmo com 74% de sua população preta segundo o IBGE ainda precisa evoluir tanto na parte de políticas contra o racismo!
A AFAA construiu um projeto da maior feira africana para o Tocantins com tudo que tem direito : muita cultura, moda, gastronomia, embaixadores e tudo que possa fortalecer também o Tocantins com um evento desta magnitude. Resta saber se haverá apoio e abraço para esta causa! Qual o nível de interesse institucional em político para promoção da cultura negra e africana? Ou a moda é só entrar nas ondas de hastags e se dizer “antirracista”?
Celebrar o dia da África é ter consciência das raízes e valorizar cada aspecto! Que a sociedade evolua nisso de forma mais comprometedora!
Viva a mãe África! Respeito e valorização !
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