Maju Cotrim – Jornalista e Editora Chefe
2019 vai chegando ao fim e algo merece uma reflexão: o trabalho da bancada feminina Tocantinense seja na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal. Inegável que o discurso de que “política não é coisa de mulher” caiu definitivamente por terra seja pela postura ou pela atuação das mulheres com mandato no Tocantins.
Na Assembleia Legislativa do Tocantins, as cinco deputadas fecham o ano com projetos importantes aprovados em prol da sociedade e principalmente contra algo que ainda envergonha o Tocantins: os altos índices de feminicidio.
As três parlamentares que foram reeleitas: Valderez Castelo Branco, Luana Ribeiro e Amália Santana reforçaram ainda mais a atuação levando temas e defesas que engrandeceram o poder Legislativo. As novatas que chegaram: Vanda Monteiro e Cláudia Lélis somaram ainda mais em competência.
Valderez, no seu estilo maternal, (o próprio Governador gosta de dizer que ela se comporta como se fosse mãe dele) conseguiu aprovar a semana de combate ao feminicidio no Tocantins, algo que vai permitir que as escolas e a base da sociedade olhe para este tema como prevenção e contra a formação de agressores.
A deputada Luana Ribeiro teve um ano consagrado com projetos também importantíssimos, um deles que institui a Patrulha Maria da Penha que passa a ser lei no Tocantins. A lei garante ações práticas, estratégicas e planejadas para realmente prevenir e coibir práticas violentas contra as mulheres.
A deputada Amália Santana deveria ter o sobrenome “superação”. Com limitações físicas e ainda em tratamento, tem um dos índices mais altos de presença e também emplacou uma demanda importante: apresentou um projeto de lei que dispõe sobre a reserva de vagas de emprego para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar em prestadoras de serviços ao Estado do Tocantins.
Vanda Monteiro, uma das parlamentares que mais apresentou projetos, fecha seu primeiro ano na Assembleia como sinônimo de produtividade. Ela aprovou o direito de uma folga anual para que as trabalhadoras do estado, seja na área pública ou em empresas privadas possam se ausentar do local de trabalho para a realização de exames preventivos contra o câncer do colo de útero e de mama.
A deputada Cláudia Lélis também não ficou por menos e sempre consistente na tribuna ao longo do ano pautou questões importantes. Aprovou ainda o PL que requer que o Governo do Estado institua termo de cooperação técnica com o Governo do Piauí para instalação do aplicativo Salve Maria aqui no Estado, dentre outras demandas do meio ambiente,
Uma de suas bandeiras.
Passando para a Câmara Federal o caldo engrossa ainda com a Professora Dorinha terminando o ano como uma das parlamentares femininas mais bem avaliadas. Coordenadora da bancada feminina, esteve com Bolsonaro, no STF, no TSE. Encampou discussões profundas nacionais sobre o Fundeb e só amplia seu prestígio por lá.
Com seu viés municipalista, a deputada federal Dulce Miranda, em seu segundo mandato, reforçou sua identidade com a bandeira na área social e também políticas para o idosos. Andou muito nos municípios do Tocantins este ano.
No Senado, Kátia Abreu que já está no segundo mandato foi manchete muitas vezes por seus posicionamentos fortes sobre vários assuntos, mas ninguém pode negar o empenho da parlamentar e sua qualidade nos debates sobre vários assuntos. Sempre com caneta e papel na mão, ela faz questão de anotar, de estudar os dados. Ela incomoda: fato!
Com estilos diferentes mas com algo em comum: a seriedade nos seus mandatos. Elas são mesmo exigentes com os assessores, algumas ate ganham “fama” de bravas ou isso ou aquilo, mas o que elas são mesmo é firmes! As deputadas tocantinenses são um exemplo da transformação na política em meio a todo esse movimento de participação feminina nos espaços. Elas se juntam aos homens também competentes e mostram que não se trata de superioridade ou guerra dos sexos mas de fazer valer o espaço que conquistaram legitimamente pelo voto.
Outro aspecto envolve a atuação feminina: a solidariedade entre elas.
Para os preconceituosos de plantão que as subestimaram ou as julgaram muitas vezes pelas roupas ou outras questões estéticas elas respondem com trabalho e dedicação a seus mandatos. A patrulha
A revolução feminina política no Tocantins está em curso e quem ganha com essa qualidade é Vossa Excelência, o povo.