Maju Cotrim

Os senador tocantinense, líder no Congresso, Eduardo Gomes discutiu o cenário nacional durante entrevista na CNN neste sábado, 22. A Gazeta acompanhou e traz os detalhes.

Gomes comentou sobre o veto do reajuste dos salários dos servidores que foi derrubado no Senado e mantido na Câmara. “O tempo em que vivemos… de divulgação instantânea para o entendimento de um sistema simples bicameral…. uma matéria por vezes é corrigida ou votada de outro maneira no Senado e outras vezes como vimos nesta semana uma votação que para o governo teve um resultado inesperado… isso é mais normal do que parece”, disse.

Ele falou em “poder de recuperação de forças do governo”.

“Nestas três semanas conseguimos três sessões no Congresso num grande acordo com lideranças de todos os partidos e com aprovação recorde de PLNs e vetos”, disse.

Ele falou em melhorar cada vez mais a base no Congresso.

Gomes afirmou ainda: “a liderança do governo , nos três líderes no Congresso, Câmara e Senado devemos nos unir aos líderes do partido que apoiam o governo para tocar as pautas. Nas duas casas o governo precisa aprimorar o relacionamento e essa luta é permanente”, disse.

Segundo Gomes, O governo historicamente vencedor no Congresso.

Sobre os que votaram contra no Senado: “quando você perder uma votação por dois votos você pode ficar com raiva ou com humildade fazer uma reflexão disso”, disse

Ele defendeu a interlocução permanente e qualificada no Congresso: “O melhor caminho é a conversa franca e aberta”, disse.

“A lição e trabalhar mais e esclarecer mais os objetivos do governo”, disse em seguida.

Sobre punição aos senadores aliados que votaram contra: “a gente deve discutir, conversar de maneira respeitosa discutir os projetos do governo e entender que os senadores e senadoras quando se elegem recebem a autorização para ficar durante oito anos virando portanto qualquer tipo de cisão ou discussão que dificulte o diálogo a punição maior e para o eleitor, o governo e o Senado”, disse.

“Tanto no Senado como na Câmara o governo tem maioria”, disse.

Ele estimou que toda maioria é formada pela força do projeto. “O número não é explícito nem absoluto mas as matérias em geral tem sido um placar confortável”, afirmou.

Ele estimou o apoio em torno de 320 parlamentares na Câmara e até 55 no Senado. Ele disse que a oposição não tem uma “definição numérica”. Segundo ele, o governo tem uma “maioria confiante”.

Próximas pautas

O senador comentou as novas pautas que estão a caminho do Congresso. Ele disse que o governo vai acompanhar “a pressa” em razão do momento de pandemia. “O que o governo espera é muito trabalho”, resumiu.

Sucessão

Gomes falou ainda sobre os bastidores para as eleições na Câmara e no Senado. Ele comentou se o governo  apoiaria uma reeleição do Rodrigo Maia caso seja liberada : “Neste momento  sentimos que há um debate aberto que qualquer senador em qualquer tempo pode ser candidato a uma recondução. Acho que há um movimento forte neste sentido. É inegável a liderança do presidente Rodrigo Maia e também existem candidatos muito fortes. O presidente aguarda como espectador e chefe de Estado entendendo a independência e a forma como o Congresso tem que definir”, disse ao negar que haja interferência do presidente.

Gomes disse que há uma movimentação fora do ambiente do Congresso para discutir a possibilidade de reeleição. “Não podemos discutir candidatura que não existe ainda. Não se pode duvidar da capacidade e preparo do presidente Rodrigo Mais mas não podemos nem comentar”, disse.

Veja algumas outras falas do líder:

“Há forte movimento para permitir reeleição no Congresso”, disse.

“Quem fez política com o vírus teve repulsa da população”, disse.

”Não dá para escolher a reforma da semana”

”O governo Bolsonaro é recordista em reformas nos últimos 50 anos”

“O presidente tem desde o começo a sua opinião sobre a pandemia e atitudes e o que o governo podia fazer pra socorrer estados e municípios. O presidente liberou R$ 60 bilhões para estados e municípios”, afirmou.

“Líder de governo e técnico de futebol tem que estar bem com o presidente do clube e com a torcida”

Auxílio emergencial

Ele comentou a prorrogação do auxílio emergencial. “Veremos dentro de poucos dias essa solução”, afirmou sobre a definição do valor.

“Qualquer antecipação pode ser precipitada, esse assunto e central no governo e a população se sente amparada porque sabe que está sendo estudada uma forma”, disse.

“Auxílio é assunto central do governo e do Congresso”, disse.

Eleições

Sobre a leitura política das eleições deste ano ele disse: “não dá para prever porque teremos uma eleição distante das pessoas”, disse.

“Aposto num predomínio do MDB, PSD, Democratas e PSDB….”, disse sobre o desempenho dos partidos tradicionais nestas eleições. Este partidos têm mais de 60% das prefeituras.