O ex-deputado Eduardo Siqueira Campos se manifestou à Gazeta por nota após polêmica e declarações do deputado Carlos Gaguim.
Ele defendeu serenidade, evitou confronto e mostrou maturidade em sua posição. “Encontro agora mais uma razão para a minha decisão de voltar”, disse sobre sua pré candidatura.
Veja a íntegra da nota:
Em relação às palavras do Deputado Carlos Henrique Amorim, o que tenho a dizer é que devo apenas a Deus, ao meu pai e à minha consciência, assim como às pessoas que a mim confiaram os diversos mandatos que exerci, a decisão de deixar ou não a vida pública, política e partidária. Entendi que não havia mais razão para permanecer dentro da Assembleia, como deputado estadual, e que uma renovação faria bem àquela Casa. Deixei, portanto, de ser candidato.
Não me vi mais candidato ao Senado, nem ao Governo do Estado e nem a Deputado Federal. Como cidadão, eleitor e também filiado, votei na Professora Dorinha para o Senado, no Deputado Gaguim para Federal e no Governador Wanderlei Barbosa, com quem o nosso partido estava coligado. Votei, também, em um deputado estadual do União Brasil, o amigo Jair Farias. Todos os meus votos contemplaram candidatos do União Brasil.
A minha história dentro do PFL (hoje União Brasil) iniciou-se com a honrosa assinatura de Luís Eduardo Magalhães, em 1998, e a minha volta ao União Brasil, com o endosso da nossa Presidente, a Senadora Professora Dorinha. A minha vida é pautada pela serenidade; sou equilibrado naquilo que faço e, se tivesse que recorrer à opinião de alguém para voltar ou não à vida pública, ouviria o meu pai, o ex-Governador Siqueira Campos. E foi conversando com ele que, ao contrário do que disse o Deputado Carlos Henrique Amorim, ouvi palavras emocionadas, que refletiam a alegria e a felicidade pela minha decisão de voltar a disputar a Prefeitura de Palmas.
Portanto, não será pela opinião do deputado que decidirei sobre a minha vida pública e não o vejo na condição de questionar aspectos morais da minha decisão. Não tenho moral? Em que sentido ele usa a palavra moral? Definitivamente, não vou discutir com o Deputado Gaguim, pois temos um partido que tem estatuto, existem etapas e essa eleição terá dois turnos, pela primeira vez na história de Palmas. Penso que o partido deva primeiro exaurir a discussão interna para, depois, dentro do estatuto, decidir ou não por uma candidatura própria.
Se, como agremiação, não fizemos ainda a discussão interna, como vamos discutir uma outra candidatura? Penso diferente do deputado, e pensar diferente faz bem. Agora não precisa ser acompanhado de ofensa, nem de revolta, nem de indignação. Neste momento, devemos nos pautar pela serenidade e pelo respeito aos demais integrantes do União Brasil.
Se a minha volta à atividade política está incomodando acordos feitos fora das regras estatutárias do nosso partido, tanto melhor. Encontro agora mais uma razão para a minha decisão de voltar. Parece que o jogo estava mesmo decidido; só faltou combinar com os filiados do União Brasil em Palmas.
Esta minha decisão, juntamente com a Deputada Vanda, joga luzes sobre algo que ainda não estava claro nem para o partido e muito menos para a população.
Reafirmo que o meu compromisso é com Deus, com a minha consciência, com Palmas e com o povo desta cidade. Identifico-me com a postura da Deputada Vanda Monteiro, com quem me solidarizo, e estendo a todos os filiados do União Brasil em Palmas que todo e qualquer acordo só será firmado à luz do dia, na sede do partido, com a devida obediência ao seu estatuto.
Atenciosamente,
Eduardo Siqueira Campos