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Após ser derrotado nas urnas no dia 10 de dezembro, em manifestação clara da maioria dos filiados no Sisepe (Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins), o atual presidente da entidade, Cleiton Pinheiro, recorre a uma manipulação de resultados para tentar ficar mais quatro anos à frente do sindicato.

Comandando o Sisepe desde 2007, Cleiton Pinheiro foi apeado do poder pelos próprios filiados do sindicato, que escolheram ogrupo oposicionista, encabeçado pelo inspetor de Serviços Fiscais Elizeu Oliveira, 46 anos. O resultado da eleição foi 51% x 49% em favor de Elizeu Oliveira.

No entanto, na segunda-feira, 13 de dezembro, em uma manobra baixa, a Comissão Eleitoral presidida por um amigo e ex-sócio do atual presidente optou por anular todos os votos de Araguaína, desrespeitando a vontade de 247 pessoas que foram às urnas. “Política suja, sem precedente e que mostra o quão mesquinho e mau perdedor é o presidente Cleiton Pinheiro. Ele já deu a sua contribuição à frente do Sisepe, conseguiu algumas conquistas, mas o tempo dele já passou. Derrotado, tem que entender que nada é para sempre, as pessoas não podem se perpetuar no cargo”, destacou Elizeu Oliveira ao avaliar a situação.

Na eleição original, Elizeu Oliveira venceu com 43 votos de vantagem – 927 votos a 884 votos.

Para anular o resultado de Araguaína, algo que ocorreu apenas três dias depois do pleito, a Comissão Eleitoral alegou falsamente que os oposicionistas haviam pedido a anulação da votação em Araguaína. O que a chapa “Por um Novo Sisepe” pediu, no entanto, foi a substituição de mesários do pleito na cidade antes da votação ocorrer, algo que foi negado pela Comissão Eleitoral. Essa solicitação foi feita porque os mesários da cidade eram parentes de primeiro grau do candidato a diretor regional da chapa de Cleiton Pinheiro – mãe e duas irmãs.

“Sorrateiro, Cleiton Pinheiro articulou para ter gente dele comandando a eleição. Não arrumaram a ilegalidade e, após perderem no voto, usam o problema de argumento ao seu favor para tentar reverter a derrota nas urnas”, frisou Elizeu Oliveira.

Os oposicionistas já preparam as medidas legais para que o resultado soberano das urnas, ou seja, da maioria dos filiados, seja respeitado. “Não vão impedir a mudança no tapetão. Novos tempos se aproximam a partir de 1° de junho, com democracia, transparência e alternância de poder”, finalizou Elizeu Oliveira.