O dólar opera novamente em alta em nesta quinta-feira (28), com os investidores avaliando a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros em 2% ao ano e com os mercados globais ainda preocupados com o avanço da pandemia de Covid-19 e impacto potencial de novos “lockdowns” sobre o ritmo de recuperação da economia global.

Às 10h14, a moeda norte-americana subia 0,37%, a R$ 5,7812. Na máxima até o momento, bateu R$ 5,7910. Veja mais cotações.

Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 1,31%, a R$ 5,7599. Na máxima da sessão, chegou a bater R$ 5,7900, maior valor na mesma sessão desde 18 de maio (R$ 5,8025). Já o câmbio turismo chegou a R$ 6,0186. Na parcial do mês, o dólar acumula alta de 2,52%. No ano, tem valorização de 43,65%.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021, destaca a Reuters.

No exterior, foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 33,1% no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores, acima do esperado pelo mercado.

Na véspera, o mercado viveu um dia tenso por conta de uma nova onda de contágios da Covid-19 e temores de uma nova parada da economia global. Com casos de Covid-19 crescendo pela Europa, a França vai exigir que pessoas fiquem em suas casas exceto para atividades essenciais a partir de sexta-feira, enquanto a Alemanha vai fechar bares, restaurantes e teatros de 2 de novembro até o final do mês.

No Brasil, a alta do dólar perdeu força após intervenção do Banco Central, que vendeu US$ 1,042 bilhão em leilão de dólares à vista. Veja vídeo abaixo.

Cena local

 

Na agenda de indicadores, a inflação calculada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) perdeu força em outubro, apesar dos preços dos alimentos continuarem em alta. O indicador, que é usado para corrigir a maioria dos contratos de aluguel residencial, ficou em 3,23% este mês, depois de atingir 4,34% em setembro. Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 20,93%, e no ano, de 18,10%.

Já o índice de confiança do setor de serviços caiu em outubro após cinco altas seguidas, segundo a FGV