A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins (Semarh) informou nesta quarta-feira (25) que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) está conduzindo análises técnicas detalhadas para avaliar os impactos do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), na qualidade da água. A estrutura, de responsabilidade federal, colapsou no último domingo (22).
Análises preliminares
De acordo com o comunicado, as investigações até o momento indicam que não há comprometimento dos padrões de potabilidade da água utilizados no abastecimento público, conforme parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde.
- Defensivos agrícolas: Simulações realizadas sugerem que, mesmo no pior cenário, um vazamento total não comprometeria os níveis seguros de potabilidade da água. Além disso, não há confirmação de que as embalagens contendo os agrotóxicos tenham se rompido, uma vez que estavam embaladas em pallets protegidos por microfilme, o que pode ter preservado parte da carga.
- Ácido sulfúrico: Análises preliminares indicam que o pH e a condutividade elétrica da água permanecem inalterados, sinalizando que, até o momento, não houve impacto direto relacionado ao material químico transportado por caminhões que caíram no rio Tocantins.
Próximas etapas e garantia de segurança
A Semarh ressaltou que análises laboratoriais mais detalhadas estão em andamento para garantir que não haja riscos ao abastecimento de água das populações a jusante do ponto do acidente. Os resultados completos das análises já realizadas pela ANA podem ser consultados no site do órgão federal.
“A Semarh-TO reforça que seguirá monitorando o caso em parceria com os órgãos competentes e manterá a população informada sobre qualquer alteração na qualidade da água ou novos desdobramentos”, afirmou a pasta.
A tragédia da ponte, que resultou na queda de caminhões carregados de materiais tóxicos e defensivos agrícolas no rio Tocantins, gerou grande preocupação entre autoridades e moradores da região. As avaliações técnicas são fundamentais para assegurar a segurança hídrica das comunidades afetadas.