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A Operação que acontece na manhã desta quarta-feira, 22, ainda cumpre os mandados contra os alvos. Viaturas chegaram a ficar paradas na frente da Assembleia Legislativa do Tocantins, porém os policiais não entraram segundo a Gazeta do Cerrado apurou.
Eles estiveram no estacionamento, mas não realizaram nenhum ação dentro da Casa de Leis até o momento. As diligências ainda estão em cumprimento e nossa equipe aguarda mais detalhes.
A Operação
Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (22/06/2022) a “Operação Ophiocordyceps”, com o objetivo de apurar possíveis crimes de fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro praticados por empresários no Estado do Tocantins.
Cerca de 25 (vinte e cinco) Policiais Federais cumprem 07 (sete) mandados de busca e apreensão nas cidades de Brasília/DF, Belém/PA, Goiânia/GO e São Paulo/SP, todos expedidos pela 4a Vara Federal Criminal do Tocantins.
A partir de Nota Técnica emitida pela CGU, a Polícia Federal iniciou as investigações para apurar suspeitas de que uma organização social contratada para o gerenciamento de leitos clínicos e de UTI no HECC – Hospital Estadual de Combate à Covid- 19, HGP – Hospital Geral de Palmas e HRG – Hospital Regional de Gurupi teria superfaturado o valor dos insumos e dos serviços prestados.
Um dos alvos da investigação, o Instituto Saúde e Cidadania (Isac) disse que respeita as formas legais, e que todos os contratos firmados foram executados sob o cuidado das normas vigentes. (Veja nota abaixo).
A organização social recebeu aproximadamente R$90.000.000,00 (noventa milhões de reais) durante a gestão dos aludidos hospitais no período de combate à Covid- 19, anos de 2020 e 2021, sendo a suspeita de que parte deste valor teria como destino os próprios envolvidos.
Os pagamentos teriam sido feitos na gestão anterior do ex-governador Mauro Carlesse, no entanto, seu jurídico explicou que ele não é alvo da Operação Ophiocordyceps.
O suposto esquema envolveria superfaturamento, sobrepreço, pagamento por serviço não prestado ou pagamento em duplicidade e subcontratação de empresas de fachada localizadas em outros estados da federação. A ação criminosa teria a participação de agentes públicos e empresário vinculados à citada organização social.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa, com penas que somadas, podem chegar a 23(vinte e três) anos de reclusão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação do dano decorrente das infrações penais.
O nome “Ophiocordyceps” (fungo parasitário que controla o sistema nervoso de insetos) remete à forma como o sistema de combate ao Covid-19 no Estado do Tocantins teria sido dominado pela suposta organização criminosa.
A operação tem por objeto identificar todas as pessoas que participaram das ações criminosas, colher mais elementos probatórios da comprovação dos fatos e recuperação dos recursos.