Equipe Gazeta do Cerrado
O encontro ocorreu ao final do 18º Fórum da Amazônia Legal, que acontece em Palmas desde a quinta-feira, 1º, com os governadores Waldez Góes, do Amapá, Wilson Miranda, do Amazonas, Flávio Dino, do Maranhão, Mauro Mendes, do Mato Grosso, Antônio Oliverio, de Roraima, Hélder Barbalho, do Pará e Coronel Marcos Rocha, de Rondônia, vice-governador Major Rocha, do Acre, vieram a Palmas para o 18º Fórum de Governadores da Amazônia Legal.
Sobre os dados do INPE contestados por Bolsonaro, Flávio Dino afirmou que as informações podem ser contestadas, mas de forma embasada. “Nós não somos contra o governo federal, queremos caminhar junto para preservar a Amazônia e fomentar o desenvolvimento”, disse.
Do Pará, Coronel Marcos Rocha, afirmou que devemos trabalhar para inibir que o desmatamento cresça. “Os números são preocupantes, o desmatamento carece de maneira rápida. Nós, governadores da Amazônia Legal vamos lutar por ela.
“Os últimos meses mostram um crescimento considerável do desmatamento dos últimos anos, mais de 80% das áreas verdes são da União”, complementou o governador do Pará.
Sobre a migração de venezuelanos, o governador de Roraima, Antônio Oliveira, deixou claro que isso é de responsabilidade do Governo Federal. “Roraima precisa de recursos. 80% dos leitos de UTI e de UTI neonatal estão ocupados com venezuelanos. 10% das escolas tem venezuelanos”, informou.
“A Venezuela não faz divisa apenas com Roraima, mas com o Brasil também”, destacou.
O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), agradeceu aos governadores pela intenção de preservar a Amazônia. “Agradeço a intenção de todos os estados em relação ao meio ambiente. Isso é muito importante. Esses fundos devem ficar na nossa região. Temos muitas coisas ainda a discutir, em função disso, de melhorar nossa região e fazer que ela seja melhor explorado, mas protegendo nosso meio ambiente, não esquecendo que nossa população precisa de trabalho”, disse.
O governador do Amazonas, Wilson Miranda, afirmou que o Brasil sofre muito com o desmatamento e tem que ser preservado. “Quem mais sofre são os ribeirinhos, e nós como governadores temos que proteger esses recursos naturais. Nós defendemos a conservação do meio ambiente, e nosso povo também precisa de desenvolvimento. Amazonas é rico, mas 49% da nossa população vive abaixo da linha da pobreza, temos que mudar isso. Temos que promover emprego e renda”, afirmou.
Os debates desta primeira fase serão levados para deliberação dos governadores nesta sexta-feira, na 2ª Reunião Ordinária da Assembleia Geral do Consórcio Amazônia Legal. Após as análises, será elaborada a Carta de Palmas, documento que irá nortear as ações do grupo.
________________________________________________________________________