Dançarina, professora e empresária Cicilya Custodio Baltazar

Ana Negreiros – Gazeta do Cerrado

Um giro, corpo para o lado e para o outro. Sensação de liberdade. E sim, dançar é liberdade. A definição é da dançarina, professora e empresária Cicilya Custodio Baltazar. Ela conta que “dançar transforma a pessoa em um ser muito melhor, mais feliz”, define. Por isso que hoje, 29 de abril, no dia internacional da Dança, a Gazeta do Cerrado lembra a você que esta é uma atividade de cuidado com o corpo e com a mente.

 

Conforme Cicilya Baltazar, “dançar é para todos e promove o bem-estar”. Mas e aqueles que têm vergonha de dançar, ou pensam que são muito desajeitados? “O ser humano anda e assim pode movimentar o corpo como quiser, de um lado para o outro com liberdade”. Ao fazer isso, ele muda sua história e foi o que aconteceu com Cicilya. Ela começou a dançar aos 14 anos. Na época, a adolescente rebelde que não entendia as dificuldades da vida ao lado da sua mãe aprendeu dançando o que era ter disciplina.

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Foi nesse encontro, que Cicilya aprendeu a ter autoconhecimento e hoje, mais de 20 anos depois, explica que a pessoa que se propõe a dançar está “internamente buscando se conectar consigo mesma”. Mas por que isso acontece? “No dia a dia nos perdemos pelos conflitos pessoais, profissionais, familiares, pelo estresse, a correria. E dançando, nos encontramos porque paramos para conhecer nossos movimentos. É uma hora que ali, focamos em nós e limpamos a mente”.

A dança é uma terapia para quem pratica. E não precisa de regras, mas sim, de autoconhecimento, dos próprios limites, do seu ritmo e isso muda a autoestima. “Quando a pessoa tem oportunidade de praticar uma atividade que é virada para o espelho ela muda o seu próprio olhar. Transforma-se. Na minha carreira já vi pessoas que não gostavam de se olhar no espelho e na aula de dança do ventre tiveram uma conexão imediata com elas”, comenta.

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Além de confiança e liberdade, a dança propicia a socialização, o aprender a ouvir o outro. “Ao dançar, o indivíduo consegue brincar, interagir e assim, ser mais feliz, melhorando seu relacionamento com a outras pessoas”. Isso acontece porque “as pessoas somatizam todos os problemas dele no corpo. Por exemplo, uma pessoa que tende a começar projetos e não termina. São vários pontos emocionais identificados no corpo e que a dança ajuda a liberar”.

Gerir emoções por meio da dança muda a rotina e também educa. Brasiliense, conta que dançar também ensina hierarquia, respeito e a compreender o outro, a dialogar para entender as necessidades. “Em 20 anos me dedicando a dança, aprende a desenvolver pessoas por meio dela e hoje, educo meus filhos com ela, trabalhando sons e a expressão corporal”.

Pandemia

Com um instituto de dança em Palmas, há quatro anos, Cicilya conta que esta pandemia teve que criar novas maneiras para continuar as atividades. Ela está oferecendo aulas on-line tanto em tempo real como gravadas. “ Meu medo hoje é o de todo empreendedor.

O momento que estamos vivendo é de incerteza e não sabemos como vai ser daqui para frente”. Otimista, ela diz que segue seu trabalho porque “neste momento de quarentena precisa priorizar a mente e uma forma é pela cuidado com o corpo e a dança contribui para isso. É incrível como melhora e muda o jeito de encarar. Então, nessa quarentena, tire uma hora do dia, duas vezes na semana e experimente. Dance. Será libertador”, garante Cicilya.

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