Na manhã desta terça-feira, 14, uma reunião realizada no Ambulatório Municipal de Atenção à Saúde Dr. Eduardo Medrado (AMAS), em Palmas, reuniu gestores e técnicos da Secretaria da Saúde do Estado do Tocantins, Secretaria Municipal de Saúde de Palmas e representantes de movimentos sociais. O objetivo do encontro foi fortalecer o diálogo entre gestores e a sociedade civil sobre melhorias no atendimento à população LGBTQIAPN+, com foco específico na população trans.
Durante a reunião, os participantes conheceram as instalações e o andamento dos serviços de saúde oferecidos pelo AMAS. Além disso, foram debatidas demandas e dificuldades enfrentadas por pessoas trans no âmbito das políticas de saúde pública no estado. A presidente da Associação de Travestis e Transexuais do Tocantins (ATRATO), Byanca Marchiori, destacou os desafios enfrentados, como a falta de medicações específicas, a escassez de divulgação dos serviços humanizados e a preparação inadequada de trabalhadores do SUS para acolher a população trans.
“Os trabalhadores do SUS não estão preparados para nos acolher como seres humanos. Somos vistos como qualquer pessoa, sem que respeitem as nossas particularidades. Momentos como este salvam vidas, pois mostram que ainda existem gestores que pensam na população em geral, independente de sexualidade, orientação sexual ou religião. Isso faz toda a diferença no acolhimento das pessoas trans no SUS,” afirmou Byanca Marchiori.
Ainda em janeiro, outras reuniões estão previstas entre a Secretaria de Saúde de Palmas e órgãos estaduais para discutir estratégias mais eficazes para acolher e atender o público LGBTQIAPN+ no SUS.
Janeiro: Mês da Visibilidade Trans
O mês de janeiro é nacionalmente dedicado à visibilidade trans. No Tocantins, ações estão sendo planejadas para conscientizar a sociedade sobre a importância do respeito e do acolhimento da população trans, promovendo reflexões sobre a inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).
“A iniciativa reflete a necessidade de integração entre gestores, técnicos e a sociedade civil para garantir que o direito à saúde seja assegurado de forma igualitária a todos, incluindo as pessoas trans,” ressaltaram os participantes do encontro.
A reunião marca um passo importante para a construção de um SUS mais inclusivo e sensível às especificidades da população LGBTQIAPN+.