Operação Cripta – Foto – Polícia Federal/Divulgação
Dados obtidos pela Polícia Federal com o Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf) mostraram que a maior parte dos valores repassados a uma empresa de investimentos em criptomoedas em Palmas foi transferido para o proprietário e seus parentes. O grupo foi alvo de uma operação que cumpriu mandados de busca e apreensão em quatro endereços nesta quarta-feira (9).
A investigação começou em maio deste ano após denúncias anônimas de que um empresário estaria captando recursos financeiros e oferecendo lucros de 5% a 30%. A PF apurou que a suposta empresa não tinha autorização para funcionar e a promessa de lucro era apenas fachada para o esquema.
O empresário morreu em outubro deste ano e as causas ainda são investigadas.
O prejuízo total às vítimas, segundo a PF, está na casa dos R$ 15 milhões.
O homem supostamente teria transferido a maior parte dos valores para a sua conta pessoal, gastando com diversos bens de luxo para ostentar e dar mais credibilidade ao esquema. Parte do dinheiro também teria sido repassado para a própria mãe e outros parentes.
Conforme a decisão que autorizou as buscas pela Polícia Federal, dos R$ 12,5 milhões que a empresa recebeu dos investidores, quase R$ 5 milhões teriam seguido esse caminho.
Outra parte do dinheiro teria sido repassada às vítimas em pagamentos que seriam dos lucros prometidos. O golpista até emitia notas fiscais do suposto serviço. Como o negócio era insustentável, a empresa não conseguiu pagar os resgates de capital solicitados pelas vítimas.
“Por todo o exposto, além de atuar como instituição financeira sem ostentar qualquer autorização legal para fazê-lo, […] induzia a erro as vítimas, sob a promessa de aplicações em criptomoedas, quando, em verdade, o investigado se apropriava concretamente dos valores depositados, limitando-se a pagar apenas a remuneração contratada”, diz trecho da decisão do juiz João Paulo, da 4ª Vara Federal Criminal.
Entre os alvos dos mandados desta quarta-feira (9) estão a mãe e a esposa do empresário, uma funcionária da empresa de investimentos e até uma empresa de contabilidade.
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Por Ana Paula Rehbein/ TV Anhanguera- g1 to