Enfermeira atravessa rio andando para vacinar idosa, no Sertão da Paraíba — Foto: TV Paraíba/reprodução
Uma enfermeira atravessou um rio andando para vacinar uma idosa contra Covid-19 em uma casa na zona rural de São José de Espinhadas, Sertão paraibano.
Na última quinta-feira (4) a equipe de imunização do município vacinou em domicílio todos os idosos de 80 a 89 anos, com comorbidades, da zona rural. Ao todo eram 24 idosos nessa condição. Esta idosa, em específico, ficou por último por causa do acesso até a casa dela, que era difícil.
Além de ter que atravessar o rio, a enfermeira contou que também precisou que uma pessoa a pegasse de moto do outro lado da travessia, para conseguir chegar até a casa que faltava.
“Não dava para atravessar de carro para ir vacinar essa idosa e só faltava ela. O carro ficou me esperando, eu atravessei a pé e eu pedi a uma pessoa amiga da senhora para me pegar de moto do outro lado do rio para eu poder vacinar a senhora”, explicou.
Mayane Brito contou que foi uma grande satisfação poder fazer isso por uma pessoa que precisava, mas que não tinha condições de atravessar o rio para ser vacinada.
“Eu tive uma satisfação imensa de vacinar essa senhora do outro lado do rio. É trabalhar, prestar uma assistência da mesma forma que a gente gostaria de ser prestada para a gente”, contou.
Ela disse que quando voltou para casa, ficou refletindo no quanto gostaria que alguém tivesse feito o mesmo se fosse com a mãe dela.
“Quando eu cheguei em casa nesse mesmo dia, me vi pensando que se fosse minha mãe – que infelizmente não está aqui mais hoje comigo, pois vai fazer cinco meses que ela faleceu – eu gostaria que um profissional de saúde atravessasse o rio para vacinar ela também”, relatou.
Mayane ainda falou da felicidade de ver seu trabalho sendo reconhecido neste momento de atuação na linha de frente do combate à pandemia que, para ela, representa um momento de medo e angústia.
“Fiquei muito feliz em ver o trabalho da enfermagem sendo reconhecido, aliás do profissional de saúde em geral, uma vez que fazemos parte da linha de frente, e muitas vezes sentimos medos, angústias, mas honramos com excelência a profissional que amamos e que escolhemos”, mencionou.
Fonte – G1 Paraíba