Em 15 de novembro se comemora o dia da Proclamação da República, um grande marco na história do nosso país, que ocorreu em 1889. Nem todos sabem como esse processo ocorreu e a data não tem tanta repercussão quanto outros feriados – como o 7 de setembro, por exemplo – mas agora será possível entender como e quando começou esse movimento que instaurou a república no Brasil.

Após 7 anos da proclamação da independência por Dom Pedro I, a situação do Brasil era lastimável. Depois de ter vivido como colônia de Portugal, as crises do reinado de Dom Pedro II e a decadência econômica impulsionada pela Guerra do Paraguai, que acabou em 1870, mostravam a calamidade em que o país se encontrava. E isso não afetava apenas a população das províncias, que não tinham autonomia, mas também classes mais influentes da sociedade.

A igreja era submissa às ações do governo e os militares não podiam se manifestar em público, desejando um comando autoritário e renovador. Já os fazendeiros do Oeste Paulista não aceitavam o fim da escravidão, que foi promulgada pela Lei Áurea – assinada em 1888. A união de interesses desses grupos fez com que um golpe fosse planejado para acabar com o reinado de Dom Pedro II.

Dois nomes que se destacaram em meio a essa atitude foram os jornalistas Silva Jardim e Quintino Bocaiuva. Jardim era conhecido pela postura mais radical e transformadora enquanto Bocaiuva tentava recrutar vários interessados a destituir e aplicar o golpe em Pedro II.

Aqui entra a figura de Marechal Deodoro da Fonseca – que era chefe do exército na época. Inicialmente, ele era a favor da monarquia, mas foi convencido pelos republicanos e articuladores da intervenção a aderir à causa, o que deixou a população perplexa. Mesmo com seu reinado sendo escancarado pelos adversários, Pedro II ainda era querido pelas pessoas.

Com o Parlamento recusando as propostas da realeza, tudo estava arquitetado para que Deodoro concretizasse o golpe no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, a capital do Brasil naquele período.

Depois disso, o novo governo autoritário de Deodoro enviou uma carta para a família real portuguesa que a condenava ao exílio do Brasil. Deodoro ficou no poder até 1891, quando renunciou.

 

Fonte: M de mulher