A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ouviu na noite da última quinta-feira, 22, os depoimentos do gerente geral da agência da Caixa Econômica Federal, Paulo Cesar Gonçalves da Silva e do gerente de atendimento e negócios da agência da Caixa Econômica Federal, Olivier Leal Pires.
Paulo César foi o primeiro a ser ouvido e conforme seu depoimento declarou não ter conhecimento sobre o ato delegatório, emitido pelo prefeito Carlos Amastha, que previa a necessidade de três assinaturas para realizar transações financeiras. Em outro momento, Paulo César divergiu sobre a afirmação de Fábio Costa Martins, ex-diretor de investimentos do PreviPalmas, ao dizer que ocorreu sim uma ligação por telefone entre eles para autorização de investimentos. Na ocasião, o segundo depoente, Olivier Leal também afirmou desconhecer a obrigatoriedade da terceira assinatura.
Durante a reunião, os vereadores presentes solicitaram a Superintendência da Caixa Econômica Federal documentos, entre eles, o ato delegatório em que determina o número de assinaturas necessárias para realização das aplicações e a partir disso sanar dúvidas em relação à regularidade das aplicações feitas.
Sobre o andamento dos trabalhos da CPI, o vereador professor Júnior Geo (PROS), presidente da Comissão, destacou ser positivo. “Alguns esclarecimentos estão sendo sanados, estamos começando a ter um direcionamento dos equívocos que ocorreram, das aplicações erradas, dos interesses, a quem de fato interessava fazer aplicações em fundos quando a legislação previdenciária e a política de investimentos não permitia. Estamos tendo uma luz ao fim do túnel em relação as pessoas diretamente envolvidas. Mais do que isso, nós precisamos obter uma luz em relação ao recurso a ser devolvido aos servidores municipais”, disse.
Próximas das oitivas
Dando continuidade aos trabalhos da CPI, a próxima oitiva será na quarta-feira, 28. Está planejado para esta data ouvir as testemunhas: o ex-presidente do PreviPalmas, Maxcilane Machado Fleury; e o ex-secretário de finanças de Palmas, Christian Zini.
Na reunião da última quarta-feira, 21, os membros da Comissão aprovaram a solicitação junto ao poder judiciário à intimação de Maxcilane Machado Fleury para comparecer na condição de testemunha e prestar esclarecimentos. Em caso de descumprimento, será tomado as medidas judiciais cabíveis.