Equipe Gazeta do Cerrado
Mesmo com o contingenciamento de quase R$ 50 milhões e outras medidas de contenção de gastos anunciados recentemente pelo Governo do Estado o que se percebe é que, em alguns setores, há despesas injustificáveis. Na Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), há custos atualmente em suas unidades de atendimento maiores do que o mesmo escritório arrecada.
A Gazeta do Cerrado teve acesso a informações que mostram os impactos dessa disparidade no ano de 2018. Por exemplo, a unidade de Rio da Conceição, no sudeste do estado, gasta por ano mais de R$ 20 mil com aluguel, água, energia, telefone/internet, combustível e manutenção de veículos, além de folha de pagamento, e arrecada, no mesmo período, somente R$ 444,60, segundo dados.
Mais um exemplo, na mesma região, é a unidade de Lavandeiras, que gasta cerca de R$ 26 mil anuais e arrecada R$ 3,2 mil.
Outro caso, é a unidade de Praia Norte, no Bico do Papagaio, possui gasto de cerca de R$ 40 mil por ano enquanto a arrecadação não chega a dois mil reais (R$ 1.950,30).
Nestes mesmos escritórios, outro dado do ano passado chama a atenção: o número de emissão de Guia de Transporte Animal (GTA), um dos principais serviços das unidades.
Em Rio da Conceição, foram 30 GTA’s emitidas num período de um ano. Média de 2,5 por mês. Em Praia Norte, por ano, foram 98, apenas 8,2 por mês.
Além da alta despesa e pouca demanda em alguns escritórios, muitas unidades estão em municípios muito próximos, com cerca de 5 a 20 quilômetros de distância um do outro.
Recentemente, a unidade do município de Muricilândia fechou as portas. Esse ano servidores do órgão chegaram a fazer paralisações reclamando de problemas estruturais em unidades pelo Tocantins.
A Gazeta apurou que estaria a caminho uma reforma com extinção de algumas unidades do interior. Nossa equipe solicitou informações sobre o assunto ao Governo do Estado e aguarda uma resposta.
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