Espanha anuncia cadastro de pessoas que se recusam a vacinar contra a Covid-19

Reunião do comitê científico da Covid-19 espanhol. Foto: JOSE MARIA CUADRADO JIMENEZ / AFPReunião do comitê científico da Covid-19 espanhol. Foto: JOSE MARIA CUADRADO JIMENEZ / AFP A Espanha anunciou que fará um cadastro de […]

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Reunião do comitê científico da Covid-19 espanhol. Foto: JOSE MARIA CUADRADO JIMENEZ / AFP

A Espanha anunciou que fará um cadastro de pessoas que se recusam a ser vacinadas contra a Covid-19 e o compartilhará com outros países da União Europeia. A informação foi dada nesta seegunda-feira pelo o ministro da Saúde, Salvador Illa. Os dados desses cidadãos ficarão sob sigilo.

Em entrevista ao canal de TV espanhol “La Sexta”, Salvador Illa reiterou que os espanhóis não serão obrigados a se vacinarem contra a Covid-19. No entanto, para os que optarem por não receber a vacina, “o que se vai fazer é um registo que, além disso, vai ser partilhado com outros parceiros europeus (…), com aquelas pessoas a quem (a vacina) foi oferecida e simplesmente rejeitada”, explicou.

O documento não será tornado público e tudo será feito com o maior respeito pela proteção de dados — disse ainda.

De acordo com pesquisa recente do governo espanhol, 28% dos habitantes do país são contrários à vacinação imediata, ao passo que 40,5% se dispõem a fazê-lo agora e 16,2% pretendem se vacinar se o imunizante “oferecer garantias” e for “confiável”.

Esses percentuais de aceitação aumentaram significativamente em relação ao resultado da pesquisa realizada em novembro, quando 47% dos entrevistados disseram não querer se vacinar.

— Parece-me que, neste ponto, todos nós vemos que a maneira de derrotar o vírus é vacinar todos nós, ou quanto mais, melhor — disse Illa.

A Espanha, que contabiliza oficialmente cerca de 50 mil mortes e mais de 1,8 milhão de infectados desde o início da pandemia, também começou no domingo a imunizar sua população, dando prioridade aos moradores e trabalhadores de asilos.

O governo espera vacinar entre 15 e 20 milhões de pessoas, de uma população de 47 milhões, durante o primeiro semestre de 2021, incluindo 2,5 milhões antes do final de fevereiro.

Especialistas ressaltam que a vacinação é uma medida crucial para o enfrentamento da pandemia — um aspecto no qual o Brasil está atrasado em relação a outras grandes economias mundiais. Segundo a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, o país só atingirá a chamada “imunidade de rebanho”, na qual o vírus encontra pela frente mais pessoas protegidas do que suscetíveis, depois que mais de 60% da população já tiverem recebido a vacina. Até agora, nenhum fabricante de vacina para a Covid-19 solicitou o uso emergencial do imunizante à Anvisa.

Fonte – O Globo via Globo.com


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