Jornalista Fábio Almeida – Especial Gazeta do Cerrado

No último dia (01) o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu permitir que pessoas transexuais e trânsgeneros possam alterar seu nome de registro civil sem a necessidade de cirurgia de mudança de sexo. A decisão do supremo representa uma grande vitória para esses indivíduos, mas as barreiras a serem vencidas por eles vão muito mais além, como o preconceito contra as mulheres trans.

Para Byanca Marchiore, 34 anos, instrumentadora cirúrgica no Hospital Geral de Palmas (HGP) e presidente da Associação de Travestis e Transexuais do Estado do Tocantins (Atrato), ser mulher, e ainda mais mulher trans, significa luta.

“Todos os dias nós somos expostas a diversas formas de preconceito, alguém que te olha torto, que já associa você a prostituição. Nossa luta é diária para que sejamos respeitadas e para que possamos ocupar nossos espaços que é um direito nosso”, ressalta.

Jéssika Villalon, 30 anos, funcionária pública e mestranda em Gestão de Políticas Públicas, fala que a sociedade impõe diariamente as mulheres que elas devem estar bonitas, sempre bem arrumadas, no peso certo, cuidar da casa e que isso são cobranças desgastantes.

“Ser mulher está muito muito além dessas imposições sociais. Ser mulher é ser guerreira e enfrentar uma sociedade machista e hipócrita, que é infestada de preconceitos. Ser mulher é ser livre, é ser uma verdadeira guerreira”, finaliza.

Arquivo Pessoal

Identidade de Gênero

A identidade de gênero se refere à experiência de uma pessoa com o seu próprio gênero. Indivíduos trans possuem uma identidade de gênero que é diferente do sexo que lhes foi designado no momento de seu nascimento. A identidade de gênero é diferente de orientação sexual — pessoas trans podem ter qualquer orientação sexual, incluindo heterossexual, homossexual, bissexual e assexual.
Fonte: https://nacoesunidas.org/voce-sabe-o-que-e-identidade-de-genero/