A Junta Comercial do Tocantins (Jucetins) é responsável pela abertura, alteração e fechamento de empresas em todo o Estado. O Portal Gazeta do Cerrado, entrou em contato com a Junta para saber o balanço entre aberturas e fechamentos das empresas tocantinenses em 2016 e 2107.
Segundo os dados apresentados pelo órgão, no ano passado, 13.697 empresas foram abertas enquanto outras 1.947 encerraram suas atividades.
O gerente de tecnologia e coordenador do Simplifica Tocantins, Helivan Araújo Lopes, concedeu entrevista exclusiva à Gazeta do Cerrado falando sobre o assunto. Ele , acredita que em 2017 o numero de empresas abertas vai superar 2016 em 15% pois, a Junta Comercial costuma registrar um maior número de cadastros no segunde semestre.
De janeiro a junho deste ano a Jucetins registrou 8.644 novas empresas e deu baixa em 965. Vale ressaltar que nem toda empresa fechada foi desativada.
Em alguns casos a empresa pode evoluir, pode encerrar as atividades como MEI e passar a ser uma Empresa Individual, por exemplo.
Os dados são relativos aos trâmites para iniciar e encerrar as atividades comerciais nas seguintes modalidades: MEI (Micro Empreendedor Individual); Empresário Individual LTDA; Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada); S/A (Sociedade Anonima); Cooperativas e Sociedades de economia mista; Empresa Pública; Consórcio de Empresas e estabelecimento de Empresas Estrangeiras.
Um dos grandes responsáveis por esse crescimento é o MEI, de acordo com Helivan, das 13 mil empresas abertas ano passado, 10 mil eram Micro Empreendedores Individuais.
Outro fator que alavanca o número de aberturas de empresas no Estado é o Simplifica Tocantins, um sistema on-line que desburocratizou o processo de implantação das empresas.
Projeto Simplifica Tocantins
Com o objetivo de facilitar os tramites processuais, o Simplifica Tocantins é uma ferramenta que faz a integração entre os dados cadastrais da Receita Federal do Brasil e os diversos órgãos Estaduais e Municipais que participam do processo de abertura, alteração e baixa de empresas e as disponibiliza na rede mundial de computadores – Internet em um ambiente integrado, interativo e de fácil acesso.
“O projeto Simplifica Tocantins,tem dois aspectos bastante positivos. O primeiro, é o tempo de abertura. Hoje nosso recorde para abertura de uma empresa é de uma hora. O outro aspecto é a integração. Os dados da empresa registrada vão direto para a prefeitura, corpo de bombeiros vigilância sanitária e secretaria da fazenda”, destacou o coordenador do programa.
Antes do Simplifica, o postulante a empresario era obrigado a fazer uma peregrinação pelos órgãos públicos para regularizar o funcionamento do seu negocio. “Hoje o próprio sistema verifica o ramo de atividade e direciona as informações. Se a empresa cadastrada vai trabalhar com alimentos, o sistema automaticamente envia os dados para a vigilância sanitária” frisou Helivan.
Atividade
Os ramos de atividade que mais cresceram, segundo os dados da Jucetins, foram os de comercio varejista, como minimercados, mercearias e armazéns, seguido pelo comercio de artigos de vestuário e acessórios e os restaurantes e similares.
O primeiro ramo de atividade supracitado registrou 93 novas empresas no ano passado, e 60 empresas ate o meio desse ano.
O ramo de vestuário e acessórios abriu 93 novas empresas em 2016 e 43 em 2017 e o setor de restaurantes e similares registrou 38 empresas ano passado e 31 esse ano.
A Jucetins diz que todos os dados referentes ao fechamento e abertura de empresas podem ser solicitados por qualquer cidadão através do e-mail: [email protected].
Falência
O coordenador do projeto Simplifica Tocantins informou à Gazeta do Cerrado que não é de costume do empresariado tocantinense decretar falência, pois esse ato não agrega nenhum tipo de beneficio aos donos de empresa.
O órgão informou também não saber a causa ou motivo dos fechamentos, pois não é obrigatório ao requerente declarar esses motivos no ato do encerramento de suas atividades comerciais. Portanto não cabe a Jucetins informar os principais motivos de fechamento no Estado.
Texto: (Colaborou Nielcem Fernandes)
