Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que doenças no coração são as que mais levam a óbito. “Fiquei internado por 17 dias, dentro do hospital tive uma pneumonia, tive alta, com três dias em casa, voltei para o hospital pior, tive a parada cardiorrespiratória”, lembra G.C.F., 52 anos, autônomo. G.C.F… levava uma vida normal, praticava esporte, e tomava os cuidados necessários para o controle da diabetes e do colesterol. Embora tivesse essas duas doenças, não podia se imaginar tendo uma parada cardiorrespiratória. O episódio aconteceu após ele ter uma infecção no pé e por ser diabético precisou ficar internado. “Após a parada cardiorrespiratória o médico pediu um cateterismo, e o diagnóstico foi 3 coronárias entupida”, conta.
O médico especialista em cirurgia cardiovascular Gualberto Salomón Rojas Llanos, da Clínica Henrique Furtado, explica que existem fatores de risco que se enquadra em duas categorias: os modificáveis e não modificáveis.
Os fatores modificáveis são: o sedentarismo, a obesidade, a pressão arterial, a diabetes, os valores altos de colesterol e triglicerídeos, o fumo e a personalidade da pessoa (a personalidade tipo A que é a pessoa competitiva, aquela pessoa estressada, que não tem tolerância o tempo todo ela tem mais risco de sofrer uma doença cardiovascular). E os fatores não modificáveis são genética, sexo e idade.
“A doença cardiovascular é uma doença inflamatória. O fumo inflama as coronárias, o colesterol inflama as coronárias, os triglicerídeos também, o grau da glicemia inflama os vasos sanguíneos, por isso aquela cadeia inflamatória vai degenerando o endotélio vascular e aí ele começa a entupir”, explica Dr. Gualberto.
Como prevenir
Manter um peso saudável dentro do IMC (Índice de Massa Corporal) abaixo de 25 . Se for hipertenso, tomar medicação para controlar a pressão arterial, diminuir o consumo de sal. Se diabético, controlar o consumo de carboidrato e tomar medicação. Sendo sedentário, fazer exercícios. Se for fumante abandonar o cigarro.
Mudando os fatores de risco, consegue diminuir, e muito, as chances de ter uma doença cardiovascular. G.C.F. Passou por uma cirurgia no dia 18 de novembro deste ano, o procedimento levou cerca de 6 horas. E desde então vem se recuperando do pós-operatório. “Agora tenho que ter mais cuidados, e uma alimentação saudável e dentro da dieta”