Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Mesmo com a Petrobras reduzindo os preços da gasolina e do diesel na noite dessa quarta-feira, 24, os caminhoneiros continuam com a greve, confirmou, José Aparecido do Nascimento, presidente do sindicato da categoria no Tocantins, à Gazeta, na manhã desta quinta-feira, 24. “Está cada vez mais encorpada”, disse sobre a paralisação.

José contou que essa redução foi insignificante para a nação. “Foi insignificante. Só vai ter efeito quando diminuir essa carga tributária absurda que o brasileiro paga para pagar as contas dos congressistas”, afirmou.

“Eles têm inúmeros benefícios, auxílio-paletó, auxílio moradia. Qual o auxílio que o cidadão brasileiro tem? Nenhum”, indagou o presidente.

José Aparecido destacou que isso é um problema institucional. “Precisa-se acabar com essa alta abusiva dos combustíveis”, disse.

Nascimento ainda relembrou que hoje às 14 horas haverá reunião do governo, em Brasília, para estudar este impasse.

Greve

No final da noite de ontem, a Petrobras anunciou que o litro da gasolina vai ter redução de 0,62% e passará a custar R$ 2,3083. Já o diesel terá redução de 1,15%: o litro vai custar R$ 2,3083. Os valores são válidos a partir desta quinta-feira (24). Em dois dias, as quedas acumuladas chegam a 2,69% para a gasolina e a 2,67% para o diesel. Apesar disso, a gasolina acumula altas de 12,95%, em maio, e de 16,76% em um mês. O diesel soma aumentos de 9,34%, em maio, e de 15,16% em um mês.

Alimentos como frutas, verduras e legumes já estão faltando em alguns supermercados de Palmas no início da noite dessa quarta-feira. Muitos moradores correram aos mercados para encher a geladeira antes que os produtos acabem devido a greve dos caminhoneiros.

(Divulgação)

Palmas já enfrenta diversas consequências devido a paralisação. A Ponte FHC está interditada pelo movimento dos caminhoneiros contra a alta dos combustíveis.

A falta de combustível também já chegou ao aeroporto de Palmas. Em imagens divulgadas nas redes, dezenas de pessoas lotam o aeroporto da Capital devido a voos atrasados ou cancelados pela falta do abastecimento de combustível.

(Divulgação)