– Acervo Semarh/Governo do Tocantins
O Governo do Tocantins instalou mais uma Plataforma de Coleta de Dados (PCD) na Rede Hidrometeorológica de monitoramento das bacias hidrográficas do Estado. A 52° Plataforma de Coleta de Dados (PCD), posicionada no rio Urubu, faz parte do Projeto de Adensamento da Rede Hidrometeorológica do Tocantins.
Esse projeto é uma iniciativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que tem a meta de instalar no mínimo cinco PCDs/ano até completar 80 pontos de monitoramento, previstos para cobertura de todas as bacias hidrográficas no território tocantinense.
De acordo com o Boletim Hidrometeorológico da Sala Situação da Diretoria de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Semarh desta sexta-feira, 21, a plataforma instalada no rio Urubu completa uma semana em operação, enviando dados do índice de chuva, nível e vazão do afluente, em tempo real, a cada 15 minutos. No momento, todos os cursos hídricos do Estado apresentam características normais e não se configuram na cota de alerta do monitoramento de seca e nem do monitoramento de cheia.
A meta do Estado é alcançar a cobertura de 88 pontos de monitoramento_Acervo Semarh/Governo do Tocantins
O secretário do Meio Ambiente Marcello Lelis disse que a instalação da plataforma no rio Urubu cumpre mais uma etapa da agenda anual de instalações previstas no Projeto de Adensamento da Rede Hidrometeorológica e que tem objetivo de otimizar o monitoramento das bacias hidrográficas do Estado.
“Um novo contrato está sendo formatado, para instalação de mais 20 PCDs, no prazo de um ano. A intenção é elevar a meta de instalações/ano, no âmbito do projeto, para ampliar o número de PCDs na estrutura da rede de monitoramento. Ao final do prazo do novo contrato e com a instalação de 20 novas plataformas, estaremos mais próximos, em menor tempo, da nossa meta de cobertura do monitoramento de seca e do monitoramento de cheia, nas bacias hidrográficas do Tocantins”, ponderou Marcello Lelis.
O diretor de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Semarh, Aldo Azevedo, ressaltou que, “hoje a Semarh possui cotas de alerta tanto para o monitoramento de seca, como para monitoramento de cheia. Não adianta só possuirmos os dados aqui e guardar. A cota de alerta de seca tem o intuito de limitar a irrigação no período crítico de estiagem; primeiro de forma semafórica, ordenando a captação de água nas bacias hidrográficas, sempre que se fizer necessário maior atenção e controle de uso, para evitar que seja ultrapassada a capacidade de disponibilidade da água do rio; em seguida, caso o nível se torne insuficiente, determinando a suspensão permanente até que o rio recupere sua capacidade de recarga”.
Sobre o monitoramento de cheia, o diretor de Recursos Hídricos Aldo Azevedo, pontuou que, “com a cota de alerta da cheia, o sinal vermelho indica situação de alerta, com um aviso de atenção à proximidade do limite máximo de descarga líquida, para recomendar cautela e medidas preventivas dada a possibilidade de transbordamento das suas margens, ou seja, ocorrência de cheias”.
Na análise do Boletim, o diretor Aldo Azevedo reiterou que no momento nenhum dos sistemas de alerta se encontra acionado, uma vez que o processo de irrigação na bacia do Formoso está se iniciando e sendo nesse trecho, onde se encontra uma grande concentração da demanda de irrigação. O diretor disse que a previsão é que a partir do final do mês de julho possa apresentar insuficiência na capacidade de recarga, entrando, assim, em situação de alerta.
“Nos rios onde se concentram uma grande demanda de irrigação, é importante esse monitoramento da disponibilidade hídrica, em tempo real, uma vez que além do aviso, através do Boletim, o Naturatins [Instituto Natureza do Tocantins], que é o órgão licenciador e fiscalizador, tem dados que são referências para suspensão da emissão de outorga e direcionamento das equipes de fiscalização ao trecho do afluente, onde existe a indicação de situação de alerta no monitoramento de seca”, exemplificou o diretor Aldo Azevedo.
Da mesma forma, no monitoramento de cheia, o diretor Aldo Azevedo relatou que o aviso da situação de alerta é emitido para a Defesa Civil para atuação preventiva e direcionamento das equipes. E o Boletim Hidrometeorológico aponta dados que são referências às decisões estratégicas de orientação que serão dadas à população ribeirinha e às equipes de apoio.
O gerente de Hidrometeorologia da Semarh, Lorenzo Rigo disse que essa é a segunda plataforma instalada no rio Urubu em 2023, e no segundo semestre serão programadas as instalações de outras três plataformas, sendo duas no rio Pium e uma no rio Dueré, totalizando a meta de instalação de cinco PCDs/ano.
Fonte – Secretaria de meio ambiente e recursos hídricos