Foto – Zezinha Carvalho
Os números revelam o poder da vacinação contra o novo Coronavírus. No último mês, das 55 pessoas internadas por covid-19, 34 pacientes não tinham recebido nenhuma dose, ou seja, 62% das hospitalizações eram de pessoas que não se vacinaram, segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O Tocantins já recebeu, de janeiro de 2021 até o momento, mais de 2,8 milhões de doses, todavia, mais de 500 mil doses ainda não foram aplicadas pelos municípios. Hoje, os esforços da Gestão Estadual têm sido focados para que a população tocantinense compreenda a importância da vacinação, se vacine e garanta a segurança de todos.
Uma das ações realizadas foi o Plano Estadual de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, baseado no Programa Nacional de Imunização (PNI), como medida adicional na resposta ao enfrentamento da doença. As diretrizes definidas no Plano visam apoiar os municípios no planejamento e na operacionalização da vacinação contra o novo Coronavírus em âmbito local.
“O Plano Estadual é embasado no Plano Nacional, no qual as devidas orientações são dadas aos municípios sobre os grupos prioritários que foram elencados no início da campanha; qual seria o foco da vacinação; se iniciaríamos por grupos de comorbidades, ou por faixa etária, ou se abrangeria em alguns grupos mais específicos, como os trabalhadores da saúde. Então, todas essas orientações estavam contidas no Plano Estadual, como a operacionalização da campanha, a distribuição das doses para os municípios, além da definição do período da distribuição de acordo com o recebimento das doses pelo Ministério da Saúde”, reforça a gerente de Imunização da SES, Diandra Rocha de Sena.
Distribuição
Sobre a distribuição das vacinas, a gerente relata que vem sendo adaptada de acordo com as orientações do Ministério da Saúde e do avanço da vacinação, sempre visando evitar a perda de doses. “Ainda no final do ano passado, começamos a implementar uma logística, voltada para as vacinas dos adolescentes e dos adultos, na qual o próprio município solicita o quantitativo de doses que ele acha necessário receber naquela semana”, explica.
Com o início da vacinação em crianças de 5 a 11 anos no Tocantins, a distribuição das doses pediátricas tem uma logística diferenciada, como explica Diandra Rocha de Sena. “Já para a vacinação que está iniciando agora, que é exclusiva para a população pediátrica, o fluxo tem que ser voltado ao que era no início. O Ministério da Saúde encaminha para o Estado a sua pauta de distribuição, em que é informado qual é o percentual de doses que vai ser encaminhado naquela pauta, qual é o público-alvo destinado naquele momento e qual foi a estimativa utilizada para aquela distribuição. Então, as vacinas são distribuídas para os 139 municípios de acordo com o quantitativo de doses que recebemos do Ministério da Saúde, com a estimativa populacional do município, para faixa etária dos 5 aos 11 anos de idade. Neste momento, trabalhamos principalmente para evitar a perda de doses de vacina nos municípios”, completa.
Vacinação Pediátrica
O Tocantins recebeu seu primeiro lote de vacinas pediátricas no último dia 18 de janeiro, com 21.400 doses que já foram distribuídas proporcionalmente entre os municípios tocantinenses, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde.
A vacina pediátrica possui algumas singularidades, com relação à vacina adulta. Quanto à questão de armazenamento pelos municípios e pelo Estado, há diferenças. As vacinas ao chegarem no Estado são armazenadas no ultra freezer em uma temperatura negativa de 80° graus.
Para distribuição aos municípios, elas precisam ser positivadas em uma temperatura de 2° a 8° graus e aqui se iniciam as diferenças. Após a positivação, a vacina adulta tem validade de 31 dias, sendo que a pediátrica tem 10 semanas de validade. Quanto à diluição das doses, a vacina adulta é de 1,8 ml e a pediátrica é de 1,2 ml. Na aplicação, elas também têm uma diferença quanto à dosagem, a vacina do adulto é de 0,3 ml e a pediátrica é de 0,2 ml.
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Fonte – Ascom SESTO