Dados do IBGE, de 2014 para 2015 apontaram uma redução de 3,9% no

número de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, trabalhando no

Tocantins. Isso significa que o Estado retirou 9.588 meninos e meninas em

situação de trabalho infantil. Apesar da redução, a Secretaria do Trabalho e

Assistência Social (Setas), tem acompanhado o enfrentamento do problema de

perto com suporte aos gestores municipais para a erradicação definitiva do

trabalho infantil.

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Com o intuito de reduzir ainda mais esses números, na tarde desta quarta-feira,

29, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) foi o tema abordado

na Oficina Regionalizada de Proteção Social Especial.  A Capacitação que teve

início na terça-feira, 28, segue até esta quinta-feira, 30, no auditório dos

Conselhos, em Palmas.

De acordo com a gerente de Proteção Social Especial da Setas, Jesielle Rocha

Paulino, o Peti é norteado por cinco eixos de ação: Informação e Mobilização;

Identificação; Proteção Social; Responsabilização; Monitoramento e Avaliação.

A gerente explica ainda, que além das diretrizes, o trabalho é intersetorial:

“Atualmente, as ações de enfrentamento ao trabalho infantil são realizadas de

com parceria da Saúde, Educação, Orgãos fiscalizadores, entre outros. Nosso

objetivo com essas oficinas é sensibilizar os municípios do problema e dar a

eles as diretrizes para que possam desempenhar as ações da forma mais

adequada à realidade local”. Disse ela.

Para a coordenadora do Peti no município de Miracema, Tânia Jesus Silva, a

Oficina é um momento ímpar para ela e a equipe da cidade e explica: “Estou

começando na gestão agora, os temas são muito novos, por isso a capacitação

está sendo de grande valia para nós”, agradeceu a coordenadora.

A psicóloga do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas)

de Porto Nacional, Iara Mendes, considera a capacitação fundamental para

sensibilizar os profissionais da importância do papel que desempenham. “O

trabalho infantil é uma das situações de violência que atendemos nos Creas e

um dos fatores principais ao trabalharmos essas criança e famílias e fazê-los

entenderem que podem romper com o ciclo da violência e terem um novo

futuro”. Destaca a psicóloga.

Ações da Setas no enfrentamento ao trabalho infantil

Além das capacitações a Setas constantemente realiza audiências públicas em

parceria com o Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil (Fetipa), nos cinco

municípios com maior número de crianças e adolescentes encontrados em

situação de trabalho infantil, que são Araguaína, Palmas, Porto Nacional, Gurupi

e Colinas.

Segundo a gerente da Setas, Jesielle Paulino, a gestão estadual e os municípios

citados também recebem financiamento federal para desenvolverem ações do

Peti. “O Estado e esses municípios têm, em conjunto, um plano de ações

intersetoriais para erradicação do problema”. Explicou a gerente.