Os parentes de uma estudante de educação física que morreu no Hospital Regional de Araguaína(HRA) reclamam da demora no atendimento e afirmam que houve erro médico. Fernanda Carvalho Aquino Motta, de 20 anos, morreu na última terça-feira (13) durante uma cirurgia.
A irmã da estudante, Paloma Motta, diz que a jovem foi levada para uma cirurgia emergencial porque os médicos suspeitavam de apendicite. “Ela tomou anestesia geral e eles abriram para retirar o apêndice só que descobriram que não era isso, o problema era nos rins. Ela sofreu três paradas cardíacas e morreu”, lamentou.
A Secretaria Estadual da Saúde lamentou a morte da jovem e esclareceu que ela deu entrada no Hospital Regional de Araguaína com queixas de dores abdominais. Disse ainda que a paciente passou por avaliação médica, foi submetida a exames laboratoriais, ultrassonografia e diante da suspeita de apendicite, a equipe médica indicou a realização da laparotomia. A Secretaria informou também já determinou abertura de sindicância para apurar com rigor possíveis responsabilidades.
O pai da estudante, Welene Aquino Cordeiro Motta, de 41 anos, conta que a filha passou mal na última sexta-feira (9), enquanto estava treinando em uma academia.
“Me disseram que ela foi levantar um peso e começou a gritar de dor. Ela foi levada para a UPA com dores abdominais, mas só tomou dipirona e f
A jovem voltou à Unidade de Pronto Atendimento no domingo (11). Segundo o pai, ela só foi transferida para o Hospital Regional na manhã de segunda-feira (12), por volta das 11h.
Welene Aquino diz ainda que as causas da morte não foram esclarecidas pelos médicos, que apontaram apenas parada cardiorrespiratória. “O que aconteceu com ela já vem acontecendo há anos: o descaso com as pessoas, a negligência. E a tendência é piorar. A gente não pode deixar e ficar vendo os filhos, as pessoas que a gente ama morrer. Eu quero justiça”, disse Welene Aquino.
Fernanda Carvalho foi enterrada na última terça-feira (13) no cemitério São Lázaro, em Araguaína.
