Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado
Um lavrador de 60 anos de Cristalândia, região central do Tocantins, descobriu que estava morto quando precisou ir ao banco sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). De acordo com as informação da Defensoria Pública do Estado (DPE), Osmar Gomes Barbosa foi impedido de fazer a retirada porque no registro da Caixa, ele aparece como pessoa falecida.
Barbosa que foi surpreendido com a notícia em janeiro deste ano, quando procurou a Defensoria para que eles resolvessem o caso.
“Eu fiquei injuriado quando vi, como é que pode? Eu tô morto, mesmo estando aqui vivinho”.
Além de não poder sacar o dinheiro do FGTS, o lavrador disse que está passando por uma série de problemas por ser considerado uma pessoa morta.
“Não posso sequer dar a entrada na minha aposentadoria. Eu nunca imaginei que ia passar por uma situação ruim dessas”.
Segundo a defensora pública, Letícia Amorim, o caso de Osmar é mais comum do que se imagina, todavia, ela alertou que o lavrador pode ter sido vítima de algum tipo de fraude.
A defensora destacou ainda que a DPE solicitou à Caixa Econômica Federal que prestasse informações sobre o ocorrido. O banco informou que o sistema de bancos de dados do cidadão, consta um atestado de óbito com o nome de Osmar Gomes Barbosa, emitido em um cartório do Distrito Federal.
“Vamos dar entrada em uma ação judicial para provar que o senhor Osmar está vivo e, a partir de então, buscar os direitos que a ele são garantidos e estão sendo perdidos por conta deste problema”.