As soluções e possíveis  desafios enfrentados no cotidiano na gestão dos Pontos de Cultura foram algumas das questões em discussão na Tecendo a Rede Municipal de Pontos de Cultura – Desafios e Soluções (Teia), evento promovido pela Fundação Cultural de Palmas (FCP), com apoio do Ministério da Cultura (MinC), na sexta-feira, 30, e sábado, 1º de setembro, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho.

As respostas para estas questões foram buscadas por representantes e integrantes dos pontos de cultura de Palmas em oficinas e rodas de discussão sobre gestão de projetos culturais, economia solidária e criativa, e formação de redes e roda de discussão. O objetivo é fortalecer a Rede em Palmas através da colaboração e troca de conhecimento.

Participante da oficina sobre Gestão de Projetos Culturais, Ana Paula Souza, representante do Ponto de Cultura Arte Fato, avalia a realização da Teia como uma oportunidade de troca e conhecimento de outras realidades. “A gente consegue ver e ouvir das outras pessoas outras realidades, que a sentimos em nosso Ponto de Cultura, são informações que acrescentam, muitas vezes, o que não conseguimos ver no nosso dia-a-dia. As orientações da oficina vão nos orientar no planejamento das nossas ações, enxergar além”, disse ela.

Já Anderson Antônio dos Santos, do Ponto de Cultura Consolarte, participante da oficina de economia criativa considerou que a oficina “foi um processo importante para entender o que é economia criativa. “E entender que ela é a nossa realidade, uma vez que precisamos dar boa visibilidade aos nossos  projetos para que dentro da nossa sociedade ele se torne um produto que tenha valor, é importante saber que para o passo da economia criativa, a gente precisa de inovação e tornar autêntico o nosso trabalho”, explicou Santos.

Para o consultor Delson Cruz, que ministrou a Oficina de Gestão de Projetos, um dos grandes desafios dos Pontos de Cultura é ver a cultura como vetor de desenvolvimento social, como política pública. “Não é só entretenimento e eventos”, disse ele, ao complementar que no caso da gestão é preciso falar da capacidade desses pontos de operacionalizar recursos. “Então a oficina tem o papel de mostrar essa cadeia produtiva da cultura, em que é necessário está preparado para capitar os recursos, gerenciar, monitorar e fazer a prestação de contas”, afirmou.

 Diversidade

O evento contou também com a participação da diretora do Departamento de Promoção da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Renata de Carvalho Ferreira Machado, que apresentou um panorama das ações do MinC para a áreas, e lembrou do papel dos Pontos e Cultura para a manifestação da nossa diversidade. “São eles que criam, transformam, ensinam, e fazem a cultura localmente”, destacou.

Ainda segundo Renata, é um avanço em relação aos desafios dos Pontos de Cultura foi a transformação do programa Cultura Viva em uma Política Pública, uma vez que garante a continuidade das ações através das diversas gestões. “A cultura não exerce um papel secundário, coadjuvante no processo de desenvolvimento social, econômico, ambiental do nosso País. Ela é protagonista desse processe e é assim que deve ser tratada”, complementou.

Catálogo

Na abertura da Teia, na sexta-feira, 30, foi realizado pelo presidente da Fundação Cultural de Palmas, Giovanni Assis, o lançamento do Catálogo da Rede Municipal de Pontos de Cultura, produzido pela FCP com apoio do MinC, e um importante registro da produção cultural local.

Na ocasião, Assis ressaltou que a Teia só existe pelos Pontos de Cultura, que por meio do resgate do passado, da criação no presente, constrói a identidade cultural que ficará para futuras gerações. “Só através do respeito à diversidade que essa identidade será construída”, afirmou.

A Teia contou ainda com apresentações dos diversos Pontos de Cultura presente, em uma mostra da diversidade presente na Capital desde o batuque dos tambores, ao contorcionismo, do balé à dança de rua, entre outros.