Whatilla Marques venceu a dependência quiímica e abriu seus próprio negócio – Foto – Arquivo Pessoal
Lucas Eurilio
Em Palmas há quase quatro anos, o jovem Whatilla Marques, o rapaz negro já passou por maus bocados.
Quando chegou na Capital, o jovem de 24 anos não tinha onde morar e foi preciso ir para às ruas. Dias depois de ter passado por essa situação, ele foi recebido na época por um projeto da Prefeitura chamado “Palmas Que Te Acolhe”.
Em 2017, após sair do projeto. Whatilla entrou para a igreja e conseguiu se tornar empresário.
“Quando cheguei aqui, fiquei 15 dias dormindo na rua, ali perto da feira da 307 Norte. Fui parar no Palmas Que Te Acolhe onde fiquei por três meses. Depois que saí, fui pra igreja, aí com a ajuda de algumas pessoas da igreja, consegui abrir meu próprio negócio e fui dono de duas lojas. Na época eu viajei pra um Resort em Fortaleza e quando voltei, estava passando por um momento muito difícil na vida e com os impostos altos, acabei tendo que fechar as portas”, contou à Gazeta
O jovem se emocionou ao contar sobre a época em que vivia em condições de vulnerabilidade social e sobre o quanto foi julgado e apedrejado pelas pessoas.
“Eu convivi 11 anos no mundo do crack, no mundo das drogas e com outros riscos em si. Muita gente me apedrejou, muita gente não acreditava em mim por conta dos vícios que eu tinha. Graças a Deus eu me recuperei e estou trabalhando. Venho cuidando de mim, me dando suporte”.
Whatilla contou também que se afastou da sua religião por um tempo, mas logo se reconectou com o Deus no qual acredita.
“Ainda fiquei um tempo na igreja antiga, minha pastora faleceu, aí eu saí. Me afastei por um tempo. Depois eu voltei pra outra igreja, conheci uma pessoa e fomos morar juntas com o plano de casar. Ela engravidou e nossa filha vai nascer daqui um mês”
Há anos sem usar drogas, o jovem decidiu que vai novamente virar empresário e abriu um caldo de cana com um amigo.
“Hoje tenho uma enorme satisfação em montar meu próprio negócio. Um amigo me chamou pra abrir alguma coisa. Montamos o caldo de cana e estamos há quatro dias trabalhando”.
Por fim, o rapaz disse que se sente muito feliz por ter um lugar pra dormir e uma família.
Eu fico muito feliz em ver que um dia eu me vi na rua, dormindo em papelão e graças a Deus eu tenho um lugar pra dormir, tenho meu negócio, vou ser pai, futuramente estarei casado, com minha família. Eu fico emocionado só de falar”, conclui