Lucas Eurilio – Repórter Gazeta do Cerrado

O ex-policial civil, Diego Giovanni de Melo e Silva, foi condenado a pagar R$ 143.603,85 por improbidade administrativa. Segundo as informações do Ministério Público Estadual (MPE), Silva recebeu salários e acréscimo de progressões sem prestar serviços ao Estado durante cinco anos.

Ele e mais seis pesssoas foram condenadas em uma Ação Civil Pública  pelo mesmo crime. Ainda de acordo com o MPE o réu abandonou o cargo em janeiro de 2005, quando teria ingressado em uma faculdade para cursar Medicina.

As informações revelam ainda que em 2010, Silva estava cumprindo residência em um hospital no interior de São Paulo. A prática do crime aconteceu entre 2005 e 2010.

Além disso, as investigações  apontam também que o ex-policial, teria sido cedido de forma irregular ao gabinete do pai, o ex-deputado Iderval João da Silva.

As folhas pagamento eram emitdas com frequência mensal por cerca de quatro anos consecutivos pelo chefe de gabinete, Luis de Melo Gomes, o que segundo o MPE, declarou à Justiça que o ex-policial civil nunca havia trabalhado na Assembleia Legislativa.

Conforme a sentença do juiz, o réu “Graduou-se às custas do erário estadual e graciosamente exerce contrato temporário junto ao Estado do Tocantins, agora, na função de médico, com um salário de R$ 8.166,60”.

Além do ex-policial, o pai, o ex-chefe de gabinete, o ex-diretor-geral da Polícia Civil, Gilson Sousa e Silva, o ex-subsecretário Deusimar Pereira de Amorim e os ex-superintendentes da Polícia Civil, Abzair Antônio Paniago e Achiles Gonçalves Ferraz.

Condenação

Pela prática do crime de improbidade administrativa, os seis réus vão ter que devolver mais de R$ 143 mil por dano causado ao erário, pagamento de multa individua equivalente ao dano causado e a suspensão dos direitos políticos por cinco anos.

Diego Melo, Iderval da Silva e Luis Gomes foram condenado à perda de funções públicas. Achiles Gonçalves Ferraz terá de ajudar a no ressarcimento com juros e correção monetária.

O outro lado

Nossa equipe entrou em contato com o ex-deputado Iderval João da Silva. Ele disse por telefone que vai se posicionar apenas quando for notificado.

A Gazeta solicitou um posicionamento também da Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta.

A equipe ainda busca contato com os outros condenados para que possam se posicionar.