Construção do Campo de Futebol na Aldeia do Funil, em Tocantínia - Foto - Divulgação

Construção do Campo de Futebol na Aldeia do Funil, em Tocantínia – Foto – Divulgação

A construção de um campo de futebol em Tocantínia, região central do Estado, está causando polêmica por conta dos valores pagos à empresa responsável pelas obras.

Segundo o vereador Silvanio Ramos relatou à Gazeta do Cerrado, neste sábado, 18, o campo de futebol que fica na Aldeia do Funil, onde vivem indígenas da etnia Xerente, não foi concluído da forma que deveria.

“O campo não foi concluído, foi construído sem sistema de irrigação, valores exorbitantes foram pagos e estamos reivindicando as melhorias no local”.

Conforme a placa da obra, que era pra ter sido finalizada ainda em setembro de 2019, foram investidos pelo Governo Federal na época através da Caixa Econômica Federal, o valor de R$ 503.953,09, mas segundo um documento enviado para a nossa equipe, o valor pago de 2019 até 2020 à empresa responsável, chegou a quantia de R$ 854.185,88.

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Segundo vereador, mais de 850 mil foram pagos à empresa - Foto- Divulgação

Segundo documento enviado por vereador, mais de 850 mil foram pagos à empresa – Foto- Divulgação

Por conta dos valores que consideram exorbitantes por representantes do município, um pedido de investigação foi feito ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal no último dia 16, por vereadores, FUNAI e líderes indígenas na região.

“Os representantes do município defenderam que na obra foram investidos mais de R$ 503 mil, conforme prestaram conta ao Governo Federal e foram rebatidos pela comunidade indígena e pelo vereadores, de que o município teria gasto aproximadamente R$ 351 mil a mais, totalizando um valor de mais de 854 mil, conforme consta no Portal da Transparência do Município e nas as ordem de pagamento e liquidação. Uma obra que não foi concluída e nem concluirá sua finalidade caso não haja reparação, correção e punição aos gestores mediante aos erros”.

Um trecho do pedido de investigação feito ao MPF diz que “Considerando que já houveram várias tentativas do gestor municipal em entregar esta obra do jeito que foi construída e nossa comunidade, por entender, mesmo do nosso pouco conhecimento técnico, que a mesma não corresponde com as normas da construção civil”.

Conforme os vereadores da cidade que participaram da reunião no MPF, a prefeitura mandou como representantes o secretário de Esportes do Município, a GMC, a engenheira e um advogado. Ainda segundo os representantes, o caso deve ser encaminhado também ao Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União para a devida investigação.

O espaço está aberto caso haja interesse da gestão e da empresa em se posicionarem sobre o assunto.

Veja na íntegra o pedido de investigação ao MPF

Reportagem Gazeta do Cerrado