Cada tipo de depressão apresenta diferenças em suas durações e até mesmo nos sintomas A depressão é um problema de saúde muito comum: de acordo com relatório global lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em dez anos os casos aumentaram mais de 18%, num índice que supera 320 milhões de pessoas diagnosticadas. No caso do Brasil, estima-se que 5,8% da população seja afetada, sendo a maior taxa do continente latino-americano.
Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Alguns dos indícios da doença são: ansiedade, alterações do apetite, de peso e do sono, dor crônica, agitação ou lentificação motora, fadiga ou perda de energia, sentimentos de inutilidade ou de culpa, dificuldade de concentração e de tomar decisões, e nos casos mais graves, pensamentos de morte e ideação suicida.
Além desses itens descritos, que devem estar presentes por pelo menos duas semanas, o médico também precisa considerar a história de vida do paciente ao realizar o diagnóstico. No entanto, apesar de parecer um quadro único quando vemos a depressão dessa forma, existem tipos diferentes que possuem sintomas e impactos diversos no dia a dia. Veja abaixo os quadros depressivos mais comuns e suas características:
1 – Transtorno depressivo maior (depressão unipolar)
Esse é o tipo de depressão mais frequente e conhecido. Caracteriza-se por um quadro de humor deprimido, perda de interesse e de prazer, energia reduzida, diminuição das atividades e, em casos mais graves, sofrimento, melancolia e incapacidade temporária, especialmente quando não tratado.
2 – Depressão bipolar
Transtorno bipolar é diferente da depressão, mas esse tipo consta nesta lista porque a pessoa experimenta episódios de humor extremamente deprimido que satisfazem os critérios para depressão maior. É a alternância de momentos depressivos com períodos de extremos, eufóricos ou irritáveis, chamado “mania” ou uma forma menos grave, chamada “hipomania”.
3 – Distimia (transtorno depressivo persistente)
Essa é uma forma de depressão crônica –com duração mínima de dois anos–, de intensidade moderada, quando o indivíduo fica predominantemente triste, desanimado, pessimista e sem vontade de agir, com pouca energia e concentração. Uma pessoa diagnosticada pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas menos graves.
4- Depressão pós-parto
Os sintomas podem aparecer nas primeiras semanas depois do parto ou mesmo durante a gestação. Os sentimentos de extrema tristeza, ansiedade e exaustão podem dificultar que a mãe realize atividades diárias de cuidado do bebê e de si mesma. É bem mais grave do que a sensação de ansiedade que muitas mulheres experimentam após o parto, que normalmente desaparecem dentro de duas semanas.
5- Transtorno disfórico pré-menstrual
Conhecida como TDPM, surge quase todos os meses no período que antecede a menstruação e deve cessar quando o ciclo se inicia. Assim como a TPM, decorre de uma baixa de estrogênio, o hormônio feminino Os sintomas, no entanto, são muito mais severos do que a tensão pré-menstrual comum, a ponto de deixar a paciente incapaz de exercer atividades, por tristeza, irritabilidade, vontade de isolamento e muita indisposição.
6 – Transtorno afetivo sazonal
É o nome dado à depressão durante os meses de inverno, quando há menos luz solar natural, em particular em países de clima temperado, onde os dias de invernos são curtos e a exposição à luz reduzida. A depressão de inverno, que costuma se repetir todos os anos, é acompanhada de retraimento social, aumento do sono e ganho de peso.
7 – Depressão psicótica
Ocorre quando uma pessoa tem depressão grave e sintomas psicóticos, como ter falsas crenças (delírios) e ouvir ou ver coisas perturbadoras que os outros não conseguem perceber também (alucinações). Os sintomas psicóticos geralmente têm um “tema” depressivo, como delírios de culpa, pobreza ou doença, podendo também ter um conteúdo persecutório.
8 – Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento
Está associada à ingestão, injeção ou inalação de uma substância (droga de abuso, exposição a uma toxina ou uso de medicamento), e incluem os sintomas de um transtorno depressivo que persistem além da duração esperada dos efeitos fisiológicos da intoxicação ou período de abstinência.
Fonte: Viva Bem- Uol