O trabalho de fiscalização realizado pelo Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), habilitou o Tocantins para exportar carne para mais de 130 países. Atualmente, o Estado ocupa o 11º lugar no ranking nacional de número de bovinos. Em 2016, foram exportados mais de 33 mil toneladas de carnes e subprodutos para 24 países. Em 2017, só de janeiro a setembro, as exportações já ultrapassaram 23 mil toneladas. Entre os principais importadores estão a Rússia, Hong Kong, Egito e Emirados Árabes.

 

Outros investimentos do Governo na área da Agropecuária também foram destaques durante o ano de 2017. No mês de abril, 10 veículos novos foram entregues aos delegados regionais da Adapec, para reestruturação e implementação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Os recursos fazem parte de convênio celebrado entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Governo do Tocantins.

“O trabalho realizado pela Adapec tem importância estratégica para o Tocantins e também para a nossa gestão. Manter a sanidade e controle animal e vegetal é essencial para que tenhamos credibilidade para comercializarmos nossos produtos tanto dentro do Brasil como fora”, frisou o governador Marcelo Miranda.

Barreiras

O Tocantins avança também em credibilidade no serviço de defesa agropecuária, com a autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para retirada de três barreiras fixas zoofitossanitárias, situadas nos municípios de Novo Alegre, Arraias e Araguaçu, que ficam na divisa com o estado de Goiás.

A medida justifica-se pelo fato de o Tocantins possuir o mesmo status sanitário de Goiás, em relação às áreas animal e vegetal, e por estarem no mesmo bloco estratégico para retirada da vacinação contra febre aftosa. O Estado, com a nova medida, passa a contar com 20 barreiras fixas na divisa com os estados e 14 volantes, responsáveis pela fiscalização de trânsito de animais, produtos e subprodutos de origem animal, e vegetal.

Vacinação

Há 20 anos que o Tocantins está livre da febre aftosa. O Estado conta com 8,7 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos), distribuídos em 56,4 mil propriedades rurais. Na última etapa, realizada em maio deste ano, o índice vacinal foi de 99,54%. São realizadas duas campanhas anuais, maio e novembro, sendo que na segunda a vacinação é parcial, apenas animais com até 24 meses são vacinados.

O Governo comemora também o recorde de vacinações de animais contra febre aftosa na Ilha do Bananal este ano. Os números comprovam que 114.795 bovinos receberam a dose da vacina, aproximadamente 27,5% a mais que o previsto, que era de 90 mil animais. A agulha oficial, termo utilizado quando a vacinação é executada pelo órgão oficial, durou 60 dias, entre 1º de agosto e 30 de setembro. Neste período, os técnicos percorreram 358 retiros de produtores rurais e indígenas para alcançar 100% do rebanho.

Neste ano também, foram iniciados os trabalhos do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que prevê a retirada total da vacinação no país até 2023. No plano, o país foi dividido em cinco blocos, para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. O Tocantins faz parte do Bloco IV, ao lado da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.

Já a vacinação contra brucelose, de bezerras bovídeas (bovinas e bubalinas), registrou, no primeiro semestre deste ano, o maior índice da história no Tocantins. Segundo dados, do total do rebanho tocantinense de bezerras entre três e oito meses de idade, foram vacinadas 96,25%. Sendo 492.267 bovinas e 312 bubalinas. Isto comprova que a doença está sendo controlada no Tocantins pelo esforço conjunto do Governo do Estado e dos produtores rurais que entenderam a importância da erradicação desta zoonose.

Outro tipo de vacinação também realizada em 2017 foi contra a raiva dos herbívoros (bovídeos, equídeos, ovinos e caprinos), que passou a ser obrigatória em mais 13 municípios do Estado, totalizando 20 municípios. A medida objetiva proteger o rebanho e, consequentemente, a saúde pública, pois a zoonose pode ser transmitida ao homem.

Em 2015, o Tocantins registrou 48 focos de raiva em herbívoros; em 2016 o número foi de 49; e em 2017, dados parciais apontam que até o mês de novembro foram 19 focos. Neste ano, as equipes de controle da raiva capturaram 2.076 morcegos hematófagos e monitoraram 160 abrigos em todo o Estado.

Monitoramento da ferrugem da soja

Na última safra da soja sequeira 2016/2017, quando a produção foi de 2,8 milhões de toneladas de soja, a Adapec fez monitoramento da ferrugem asiática nas 1.261 propriedades cadastradas na Agência, com 1.483 fiscalizações. Durante o vazio sanitário foram mais de mil fiscalizações nas propriedades.

Já nas várzeas tropicais, pelo fato do plantio ser uma excepcionalidade, a Adapec realiza monitoramentos constantes, onde foram realizadas 1.073 fiscalizações em 100% das propriedades. Tudo isso para garantir a sanidade das lavouras, com o aumento de produtividade e crescimento na produção de grãos da oleaginosa.

Recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos

O balanço final das 14 edições do projeto de recebimento itinerante de embalagens vazias de agrotóxicos, realizado no Tocantins em 2017, aponta que foram devolvidas 15,1 mil embalagens, beneficiando diretamente cerca de 500 pequenos produtores rurais de várias regiões do Estado.

Os números revelam que a quantidade de embalagens devolvidas nos recebimentos itinerantes naquele ano foi bem superior ao ano de 2016, quando registrou a entrega de 10.856 embalagens, um aumento significativo de 39,21%. O número de pequenos produtores beneficiados com o projeto também subiu de 400, em 2016, para 500 em 2017.

Capacitações

Em 2017 foram realizados 12 cursos na área de defesa agropecuária com a participação de aproximadamente 400 servidores da Adapec, incluindo fiscais agropecuários que atuam nas barreiras fixas e móveis, além da capacitação de inspetores agropecuários que atuam nas ações da área animal e vegetal.