O Ministério Público do Tocantins (MPTO) realizou inspeções de rotina na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte e no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), em Palmas, na manhã desta quarta-feira, 5.
No CEO, foi constatado que um dos odontólogos plantonistas não se encontrava na unidade no momento da inspeção, o que levará a 19ª Promotoria de Justiça da Capital a investigar a situação, inclusive requerendo informações oficiais à Secretaria Municipal de Saúde acerca do cumprimento da jornada de trabalho pelo referido profissional.
Outros profissionais do Centro, questionados pelo promotor de Justiça Thiago Ribeiro Franco Vilela, relataram durante a inspeção problemas relacionados a equipamentos de trabalho, que se encontram em quantidade insuficiente ou que são precários e obsoletos.
Na UPA Norte, o principal problema foi relatado pelos servidores que realizam a triagem dos pacientes. Segundo os profissionais, em 2019 foi substituído o sistema de informática em que é registrada a classificação do nível de prioridade de atendimento de cada paciente, sendo instalado um software com limitações em sua operacionalização. Essas limitações fazem com que seja necessários refazer o registro de alguns pacientes, aumentando o fluxo de trabalho dos servidores e retardando o encaminhamento dos pacientes para atendimento médico.
A 19ª Promotoria de Justiça da Capital também irá requerer à Secretaria Municipal de Saúde informações sobre a eficácia e os custos do sistema utilizado na classificação dos pacientes.
Na UPA Norte, também foram registradas deficiências na manutenção de poltronas, portas e aparelhos de ar-condicionado, a falta do medicamento Metropolol e de copos descartáveis, bem como a insuficiência de leitos na sala de repouso dos técnicos de enfermagem.
O outro lado
A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas e aguarda um posicionamento sobre o assunto.
Fonte: MPTO