Em pouco menos de 10 dias, a Polícia Civil desvendou o crime e prendeu todos os suspeitos

 

Rogério de Oliveira/Governo do Tocantins

 

Autores empreenderam fuga na última quinta-feira, 6, mas foram interceptados em Parauapebas (PA) – Divulgação PCTO

 

Na última sexta-feira, 6, uma ação integrada realizada pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da 18ª Delegacia de Ananás, com apoio da Delegacia de Parauapebas e da Polícia Militar paraense, resultou na captura de três pessoas, suspeitas de assassinar, a pauladas e cadeiradas, no último dia 30, em Ananás, Rafael Oliveira, de 62 anos. O idoso era portador de esquizofrenia e estava em surto psicótico quando foi perseguido e morto pelos membros da mesma família, composto pelo marido de iniciais R.F.S., de 34 anos, sua esposa de iniciais G.S.S., de 33 anos, e a sogra. M. P.S., de 52 anos.

Conforme explica o delegado Carlos Eduardo Estrela, responsável pelo caso e titular da 18ª DP, o crime causou muita comoção na cidade, não somente pela forma como foi praticado, pois o idoso foi atacado com golpes de madeira e também cadeiradas, quando já estava bastante lesionado em virtude de queimaduras que havia sofrido, bem como pela motivação, pois a vítima, em completo surto, teria colocado fogo em alguns objetos, incluindo um tapete da panificadora dos suspeitos.

“Movidos pelo sentimento de vingança, R.F.S., em companhia de seu cunhado, um adolescente de 16 anos, armados com um pedaço de pau e uma cadeira, foram ao encalço do idoso. Após o encontrarem, já bastante ferido, nas proximidades do Terminal Rodoviário, o atacaram com pauladas e cadeiradas, sem dar a mínima chance defesa à vítima, que foi a óbito em decorrência das violentas agressões”, destaca.

 

Investigações

 

Tão logo tomou conhecimento dos fatos, ainda no sábado, 30 de novembro, o delegado Carlos Eduardo adotou as providências cabíveis, no sentido de elucidar todas as circunstâncias do fato, sendo que os laudos periciais foram requisitados e entregues pela Polícia Científica.

Com base no intenso trabalho investigativo, o delegado promoveu os indiciamentos dos três adultos pelos crimes de homicídio doloso, fraude processual e corrupção de menores, uma vez que o menor, de 16 anos, também foi arrolado no inquérito como incurso no ato infracional análogo ao crime de homicídio. Porém, como não estavam mais em situação de flagrante, os indivíduos não foram presos de forma imediata em atenção ao disposto que rege o Código de Processo Penal.

 

Prisões Preventivas

 

O inquérito foi instaurado na última segunda-feira, 2, sendo que após a identificação dos autores, o delegado representou, já na terça-feira, 3, pela prisão preventiva de todos os envolvidos e pelo mandado de internação do menor infrator, além de pedido de busca e apreensão.

Na quinta-feira, 5, a autoridade policial concluiu as investigações e apresentou o relatório final do inquérito, o qual foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público com a devida responsabilização de todos os envolvidos no caso.

Sem medir esforços, a equipe policial da 18ª DP continuou as diligências, sendo que ainda na quinta-feira, dia 5, os pedidos de prisões preventivas e demais medidas cautelares, que haviam sido requisitados pela autoridade policial, foram deferidos. No entanto, ao tentar prender os investigados, a Polícia Civil tomou ciência de que eles tinham fugido.

Com a fuga da família, as equipes da 18ª DP intensificaram as buscas e descobriram que os autores estavam na cidade de Parauapebas, no Estado do Pará. Desse modo, após compartilhamento de informação com a Polícia do Estado vizinho, na tarde de sexta-feira, 6, eles foram localizados e presos, e estão à disposição do Poder Judiciário do Estado do Tocantins.