Final de semana com várias ocorrências de morte no Tocantins.

Caso agricultor

Martiliano Avelino Dias, um agricultor de 57 anos, mais conhecido como Martin da Garapa, foi morto nesse domingo, 29, sentido a Monte do Carmo, às margens da BR-225. Segundo a Polícia Militar, o homicídio aconteceu durante uma discussão envolvendo integrantes do Movimento Sem-Terra (MST).

Conforme testemunhas, o agricultor teria plantado feijão numa chácara e um grupo do MST teria invadido e destruindo a plantação.

Segundo a PM, Martin foi ao local por volta das 17 horas e teria procurado pela líder do MST. O agricultor estaria armado com um facão. Depois da discussão, um membro do movimento teria disparado três vezes contra Dias.

A vítima, mesmo ferida, teria voltado para o carro tentando sair do local, mas não resistiu. O Corpo de Bombeiro foi chamado, mas o agricultor já havia falecido. A Polícia informou que fez buscas no local, mas não encontrou nenhum suspeito.

Indígena

O indígena Dodô Tyhanté Javaé, de 21 anos, foi morto a tiros e o principal suspeito é um policial militar. O fato aconteceu na noite deste domingo (29), em Formoso do Araguaia, no sul do Tocantins. A informação inicial é que o fato aconteceu depois que os militares receberam uma denúncia sobre uma possível violência doméstica. A PM disse que o indígena estava armado e reagiu.

A PM informou que foi chamada por volta das 20h20, na rua JK, no centro de Formoso do Araguaia. No local, testemunhas relataram que um homem armado estaria correndo atrás de uma mulher com uma faca e ameaçava um morador da cidade.

A polícia disse que quando chegou ao local, o indígena saiu de um matagal e correu em direção aos policiais. Ele teria agredido o sargento Genésio com uma faca. De acordo com a PM, o militar foi atingido nos braços e nas costas, mas não ficou ferido graças ao colete e a farda. Informou também que outro policial efetuou disparos de arma de fogo contra Dodô. A polícia alega que “não restou outra alternativa senão preservar a integridade física da equipe”.

O cacique Darci Javaé, da aldeia São João, localizada no município, confirmou que o indígena estava armado com uma faca. O cacique disse que o povo Javaé quer a apuração dos fatos. “A polícia tem que imobilizar e não atirar em indígena. Eles deram três tiros no peito, poderiam ter usado outro meio para fazer a imobilização”.