O pré-candidato a deputado federal, professor Adão Francisco, foi convidado a apresentar as suas propostas para o desenvolvimento da Educação aos diretores do Sintet, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins. Na companhia do pré-candidato a senador, Paulo Mourão, da pré-candidata a suplente de senador, professora Germana Pires, e da pré-candidata a deputada estadual, professora Clea, Adão Francisco pontuou todas as conquistas democráticas e republicanas no campo das políticas sociais possíveis no começo do século XXI.
Identificando tais conquistas com os governos de Lula e de Dilma Rousseff, o professor mencionou os avanços na superação da pobreza, através do Bolsa Família; na conquista da moradia própria, através do Minha Casa, Minha Vida; da geração de emprego, através do fomento à construção civil, à indústria frigorífica e à indústria petrolífera; e, por fim, da conquista do curso superior, através da triplicação dos Institutos Federais e da ampliação em 30% do número de universidades federais e de mais de 100 campi criados em todo o Brasil. Segundo Adão Francisco, “as camadas médias se estabilizaram, os pobres passaram a ter oportunidades e os ricos continuaram enriquecendo. Prova disso é que o Brasil saiu da 13ª colocação no ranking mundial do PIB, em 2003, para a 7ª em 2015. Quando a presidente Dilma Rousseff foi vítima de um impeachment infundado em abril de 2016, o Brasil vivia o menor índice histórico de desemprego: apenas 4%, contra os 17% que figuram hoje”.
Adão Francisco explicou que é importante fazer essa contextualização porque o desenvolvimento que houve na Educação nesse período foi decorrente da integração de todas essas políticas, que agiram no sentido de se fazer a superação das desigualdades que prevaleciam desde a fundação do país. Com o impeachment da Dilma e o início do governo Temer, houve um desmonte dessas políticas e um choque perverso na Educação, que abandonou um dos principais documentos já elaborados democraticamente no setor, o Plano Nacional da Educação, de 2014, e com ele o sentido do financiamento público da Educação, através da destinação de 10% do PIB para o setor. Soma-se a isso a privatização do Pré-Sal, que seria responsável pela destinação de 70% de seus ativos à Educação e de 30% para a Saúde.
O professor Adão destaca ainda a Reforma do Ensino Médio e a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, ambos fruto do governo Temer, como algo muito perigoso para Educação e para a autonomia das crianças e jovens em formação, pois retiram e minimizam do currículo escolar disciplinas como História, Sociologia, Filosofia e Artes, gerando inclusive o desemprego dos profissionais dessas áreas. “Nós temos o compromisso moral de lutar na Câmara dos Deputados para a revogação das reformas e dos Projetos de Emenda Constitucional que desmontam a Educação pública e contribuem para o retrocesso histórico de permitir de novo no Brasil amplas desigualdades e injustiças”.
O professor Adão Francisco é historiador, mestre em Sociologia e doutor em Geografia. É professor da UFT no campus de Porto Nacional e é ex-secretário estadual de Educação e ex-secretário estadual de Cultura. As suas pesquisas e publicações são nos campos do Planejamento Territorial e do Desenvolvimento da Educação.