Um homem virou alvo da Polícia Civil do Rio e de centenas de moradores de Cabo Frio, nas região dos Lagos, depois de assediar duas mulheres, mas apanhar de uma delas durante o ato. Tudo aconteceu quando as vítimas faziam uma sessão de fotos na Praia do Forte, a mais movimentada da cidade, quando o suspeito se aproximou e começou a praticar atos obscenos. Ele ainda teria tentado atacar uma delas. Mas o que o homem não sabia era que uma das vítimas, Joyce Vieira, de 27 anos, era lutadora de MMA. Os dois entraram em luta corporal.
Joyce diz que tinha finalizado a sessão de fotos quando percebeu a movimentação suspeita:
“Olhei e falei: ‘guarda isso aí’. Ele disse: ‘não gostou, não? Vem cá’. Fiquei com uma revolta muito grande por ele ter feito aquilo, porque, geralmente, quando essas pessoas são flagradas fazendo isso, elas negam, fingem demência e saem. Ele não: continuou com o pênis ereto para fora da calça, fazendo ruídos, e veio para cima de mim. Minha reação foi só me defender. Fiquei com muita raiva e reagi”.
Imagens compartilhadas na internet mostram Joyce correndo atrás do suspeito, que tenta se defender dos golpes. Ela tenta imobilizá-lo, mas, machucado e ainda seminu, ele consegue fugir.
As fotos foram tiradas pela fotógrafa Suellen Alva, que estava com a lutadora quando o ataque aconteceu.
“Percebi que a minha câmera ainda estava na minha mão e comecei a tirar as fotos. Mas as que consegui tirar foram dos momentos finais. Eu vi que ele estava saindo e pensei que precisava fazer aquilo para gente ter provas. Eu fiquei chateada porque os rapazes que vieram ajudar foram para conter a Joyce. Ele deixaram o homem ir. Ela até foi atrás dele, mas deixaram ele ir”, contou a fotógrafa.
O caso foi registrado como importunação sexual na Delegacia de Atendimento à Mulher de Cabo Frio. As fotos da ação ajudaram a polícia a ter pistas do suspeito. Nas redes sociais, moradores fizeram uma corrente para reconhecê-lo.
A delegada responsável pelo caso, Juliana Rattes explica que, em casos de assédio, a vítima precisa procurar as autoridades – mesmo sem provas.
“Num primeiro momento, no local em si, se houver possibilidade, a vítima deve pedir socorro à polícia ou a quem estiver por perto. Não havendo ninguém, ela deve procurar a delegacia mais próxima imediatamente após o abuso. O testemunho da vítima já é uma prova. Em casos em que o autor praticou o crime num local sem testemunha para poder agir, a palavra da vítima passar a ter mais força ainda como prova”, explicou a delegada.
Pouco depois do ataque, as vítimas descobriram, ainda na praia, que o criminoso já tinha assediado um grupo de cinco pessoas, entre elas uma criança de 6 anos. As vítimas devem ser chamadas para testemunhar no caso.
Fonte: CBN
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