Em comemoração ao Dia Internacional da Fotografia, o fotógrafo português radicado em Curitiba, Orlando Azevedo, lança o seu 13º livro, chamado “Cósmica”. O evento de lançamento acontece na Casa Portfólio, no dia 19 de agosto, às 19h. Além disso, será inaugurada uma exposição fotográfica com os trabalhos presentes no livro, que vai até o dia 2 de outubro.

As fotografias foram produzidas pelo artista ao longo de diversas décadas e têm como inspiração eventos de sua infância. No prefácio do livro, Azevedo rememora como acompanhava o seu pai, que era geólogo e pedologista da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).

“Cósmica percorre os quatro elementos – água, ar, fogo e terra –, demonstrando a invulgar capacidade do artista de se deter sobre aspectos essenciais do mundo”, diz o crítico de arte Agnaldo Farias, professor doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e Curador Geral da 3ª Bienal de Coimbra.

“Em lugar de paisagens desbordadas, o que seria previsível na abordagem desses temas, este é um livro de fragmentos, visões à queima roupa, estratégia eficaz em amplificar seus detalhes”, completa.

Sobre a exposição

Exposição das fotografias, coloridas e preto & brancas (PBs), presentes nos livros acontecerá em dois espaços da Casa Portfólio. No café, estarão expostas 9 fotografias impressas em fineart até o dia 4 de setembro. Já o muro do local terá 11 painéis aplicados em técnica lambe-lambe até o dia 2 de outubro.

A casa hoje é escola de fotografia, cafeteria, galeria e livraria combinadas em um só local.  abre para visitação às quintas-feiras, das 16 às 22h, às sextas e sábados, das 12 às 22h, e aos domingos, das 12 às 20h. Está localizada na rua Alberto Foloni, 634 A, Centro Cívico.

Lançamento do livro “Cósmica”

Preço: R$ 90,00

Quem é

Nasceu em 1949, na Ilha Terceira, Açores/Portugal

Vive no Brasil desde 1963. Formado em Direito. 

Dedica-se profissionalmente à fotografia documental em projetos especiais, assim como, à criação autoral, em seu estúdio em Curitiba.

Especializado em expedições e projetos de longa duração.

Editor e curador.

Utiliza dois outros heterônimos – Yury Andropov e Jacob Bensabat – para outros temas dentro da diversidade de sua produção.

 

Obras em acervo

 

International Center of Photography, Nova York, Centre Georges Pompidou, Museu Françês de Fotografia/Paris, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Instituto Cultural Itaú, Museu de Fotografia Cidade de Curitiba, Empresa Portuguesa das Águas Livres/Lisboa, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Museu Afro Brasileiro, São Paulo, MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba. Fototeca de Cuba, Havana.

Várias e importantes coleções privadas nacionais e internacionais

 

Livros publicados

 

2019 Mestiço – Retrato do Brasil

2017 Augusto Weiss 1890/1990

2014 Rio Grande/RS

2012 Expedição Coração do Brasil – Paranaguá, Lagamar

2010 Marinhas – Arqueologia da morte

2008 Expedição Coração do Brasil – Paraná

2004 Brennand

2004 Sudarium

2002 Iguaçu

2002 Coleção Coração do Brasil, três volumes: Homem, Terra e Mito

1994 Jardim de Anões

1987 Fitas e Bandeiras Venske

 

1985 Encyclopèdie Internationale des Photographes, Editions Camera Obscura, Suíça e CD editado, posteriormente, em parceria com a Maison Européenne de la Photographie, 2000.

Entre 1994 e 1998 foi Diretor de Artes Visuais de Curitiba quando organizou como curador dezenas de mostras com artistas nacionais e internacionais.

Criou a Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba em três edições sendo que a partir de importante acervo de fotografia que foi constituído deu origem à criação do Museu de Fotografia Cidade de Curitiba tendo sido seu idealizador.

Entre as dezenas curadorias, realizou a I, II e III Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba, e exposição A Revolta, do artista Franz Krajcberg, com mais de um milhão de visitantes durante o ano 1995.

Dezenas de matérias especiais e entrevistas para jornais e revistas nacionais e internacionais.

Participa de diversas exposições individuais e coletivas.

Colabora para inúmeras revistas no Brasil e exterior.

Tem integrado júris e comissões de análise de portfólios, proferido palestras e elaborado textos críticos de artistas no Brasil e exterior.

Em 1998 foi considerado artista português de destaque no universo das artes visuais residente no Brasil, através do Ministério das Relações Exteriores e Secretaria das Comunidades Portuguesas em Portugal.

Em 2003 recebe o Prêmio Talento do Paraná.

Em 2005 a Câmara dos Vereadores de Curitiba confere certificado de Honra e Mérito a sua participação na Comunidade Portuguesa em Curitiba e na cultura local.

Em 2007 o prêmio cultura e divulgação Cidade de Curitiba.

Em 2007 é um dos três finalistas mundiais no campo das artes de portugueses radicados no exterior. 

Em 2009 lança o livro Haruo Ohara sobre a obra deste fotógrafo emigrante japonês, pioneiro da cidade de Londrina e agricultor.

Em 2010 é convidado pela Embaixada do Brasil em de Sri Lanka através do diplomata Pedro Bório e do Itamaraty / Ministério das Relações Exteriores para expor e dar palestras em Colombo (Sri Lanka) e em Mumbai e Delhi (Índia).

2013 Ministra palestra em Lisboa no PhotoBook no LX Factory.

2014 Palestra na Biblioteca Municipal de São Miguel, Ilha de São Miguel / Açores

Entre 2014 e 2018 criou o curso intensivo Fotografia Visceral junto com a escola Portfolio e inicia organização de seu acervo/museu com 160.000 matrizes analógicos e mais de 300.000 digitais além de centenas, de impressões vintage em prata.

 

Expedição Coração do Brasil  

 

Idealizador e coordenador da Expedição Coração do Brasil realizado de abril de 1999 a julho de 2002.

Percorreu 70.000 km de todo o território nacional num jeep fotografando o país cujo projeto “Expedição Coração do Brasil” tem como resultados exposições no Brasil e no exterior, e a publicação dos livros: Homem, Terra e Mito, integrando a coleção Coração do Brasil que se encontra completamente esgotada. 

A 13 de Setembro de 2005 iniciou a Expedição Coração do Paraná com término em Abril de 2006.

Expedição Coração do Brasil –  Paraná é uma continuação de Coração do Brasil interminável projeto de vida e de documentação do patrimônio humano e natural do país. Neste novo ciclo percorreu também em veículo 4×4 mais 20.000 Km.

Expedição Coração do Paraná resultou num invulgar documento visual com mostra apresentada no MON – Museu Oscar Niemeyer com cerca de 200 imagens processadas e elaboradas museológicamente pelo printer Silvio Pinhatti. Posteriormente lança a edição do livro “Expedição Coração do Brasil – Paraná” obra com 634 páginas em acabamento de luxo, trílingue.

Em Maio de 2011 iniciou a nova expedição do projeto “Coração do Brasil – Paranaguá, Lagamar” quando permaneceu um período de doze meses numa embarcação percorrendo toda a região entre Guaraqueçaba no Paraná e Iguape no Estado de São Paulo documentando a cultura caiçara assim como este importante complexo estuário do Lagamar. Hoje este livro é referência do IPHAN através de Amir Klink.

Em Novembro de 2012 lançou a obra Expedição Coração do Brasil – Paranaguá, Lagamar junto com mostra em sua Galeria Lux em Curitiba. Esta mostra encontrou-se em caráter permanente dentro do Forte da Ilha do Mel e agora na estação Ferroviária de Antonina

Em Setembro, Outubro e Novembro de 2014 realiza a Expedição ao arquipélago dos Açores onde documentou seu patrimônio natural e humano percorrendo as nove Ilhas de sua saga. Pretende editar novo livro com o material produzido.

Em 2016 apresenta a mostra Ruínas no MUMA – Museu Metropolitano de Arte de Curitiba onde assume seu novo heterônimo Jacob Bensabat para este trabalho e série dentro da diversidade e multiplicidade de sua obra, assim como na Casa dos Contos em Ouro Preto/Fotógrafos em Ouro Preto.

Participou também da mostra Portugal, portugueses com curadoria de Emanoel Araújo no Museu Afro em São Paulo onde se apresentaram os mais importantes artistas portugueses contemporâneos no mundo.

Publicou em 2017 livro histórico de Augusto e Alberto Weiss (pai e filho) a partir de sua coleção privada de chapas de vidro de 1880 a 1990 com diversos temas e registros do começo da colonização com seus novos emigrantes sendo que após este mesmo acervo foi transferido em caráter definitivo ao IMS / Instituto Moreira Salles.

No dia 23 de Maio de 2018 inaugurou mostra Ruínas. No Narrows Center of The Arts em Fall River Massachussets/EUA.

Em Outubro de 2018 inaugura mostra Terra Mater em caráter permanente na Ópera de Arame em Curitiba.

O ano de 2018 foi dedicado quase que exclusivamente è edição final e diagramação dos novos títulos/livros a serem publicados:

Mestiço-Retrato do Brasil/Cósmica/Açores, Divino/Câmara Ardente/Ruínas/Jardim de Anões, Lisvoa e 

Selfie-se quem puder contendo três obras realizadas com iphone -Diário de Bolso, Deleite e Estranhas Entranhas.

Mostra Paraná em Abril de 2019 como artista convidado para reabertura do Museu Campos Gerais da UEPG em Ponta Grossa.

Em 2019 lança sua nova obra Mestiço-Retrato do Brasil com 400 retratos em pb de brasileiros anônimos do Chuí ao Oiapoque.

Em 2020 apresenta duas individuais em Lisboa – Ruínas na galeria santa Rita Maior e Sudarium na Pequena Galeria.

Atualmente mora na cidade de Antonina.