O advogado e ex-diretor Geral da Assembleia Legislativa, Antonio Ianowich, o ex-Diretor de modernização tecnológica Danilo Parente e o coordenador de almoxarifado e estoque, Flávio Negreiros Alves são considerados réus em processo penal. Eles são suspeitos de peculato, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro, de acordo com o Ministério Público Estadual.
O documento aponta que o advogado Ianowich era o líder da organização e que ele teria recrutado os outros dois investigados para o esquema. A decisão é do juiz Rafael Gonçalves de Paula e foi divulgada nessa quinta-feira, 7.
A denúncia é fruto da Operação Espectro, da Polícia Civil, que investiga corrupção devido a um esquema de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Tocantins.
São mais de R$ 173 mil, o valor a ser devolvido aos cofres públicos, pois além da denúncia, os promotores também protocolaram uma ação de improbidade administrativa para que o dinheiro desviado seja devolvido.
Entenda o caso
As investigações sobre a existência de funcionários fantasmas na Assembleia começaram no ano passado e foram concluídas pela Delegacia de Combate a Corrupção, durante a 1ª fase da operação Espectro. Nessa época, três pessoas foram indiciadas.
A 2ª fase teve início no dia 31 de janeiro deste ano, quando a polícia cumpriu mandados de intimação, busca e apreensão.
A Polícia Civil disse que os detalhes do esquema foram descobertos após a apreensão do celular de Danilo. Os investigadores tiveram acesso à conversa dele e dois demais suspeitos.
Em fevereiro do ano passado, em uma reportagem com detalhes sobre a investigação do MPE, a promotoria disse que pelo menos 80 casos de funcionários fantasma estavam sendo investigados.
Outras investigações
Outra operação que investiga servidores fantasmas no serviço público é a Catarse. As investigações começaram após denúncias de funcionários fantasmas do governo do Estado em Araguaína, norte do Tocantins.