Dando continuidade à nossa série de reportagens sobre mulheres que atuam em áreas “denominadas masculinas”, hoje vamos contar a história de duas que resolveram entrar no mundo da mecânica.

Aos 53 anos de idade, a dona de casa, Terezinha de Oliveira Martins, foi incentivada pela filha para participar do curso de Injeção Eletrônica, do Projeto Jeito de Mulher. Ficou para traz o tempo em que cozinhar, lavar e passar – tarefas culturalmente femininas – eram exercidas somente pelo “sexo frágil”. Dia após dia, as mulheres conquistam mais espaço e hoje assumem funções que antes eram exercidas exclusivamente por homens, como no setor automotivo.

O principal motivo que levou a dona Terezinha a participar do curso, foi o fato de nunca saber explicar o que estava acontecendo com o carro quando ele tinha que ir para oficina. “Eu queria aprender, pois toda vez que o carro ia para oficina eu não sabia o que era. Hoje eu seu sei explicar o que está acontecendo, qual luz está acendendo e por qual motivo”, afirma.

Um problema muito comum na realidade feminina, que muitas vezes é passada para traz, pelos mecânicos, por não saber ao certo o que está acontecendo com o seu veículo.

Já a Euzita Pereira Lopes, conta que resolveu fazer o curso pois estava desempregada e sempre sonhou em trabalhar em uma área masculina.

“Resolvi quebrar esse paradigma, sempre foi o meu sonho. O salário também compensa. E sem contar que sempre tive curiosidade de aprender sobre a parte mecânica, para ficar mais esperta na hora de levar o carro na oficina”, ressalta.

Histórias como essa nos motivam a aprendem cada dia mais, sobre diversas áreas do conhecimento.

O Programa
O Jeito de Mulher é direcionado para atender mulheres, preferencialmente de baixa renda, na condição de desemprego ou subemprego e também para aquelas que querem entrar no mercado de trabalho e atuar em profissões tradicionalmente masculinas, a exemplo das profissões de mecânica de injeção eletrônica e mecânica de motos.