De Taquaruçu – Maju Cotrim

É EXCLUSIVO GAZETA! A partir deste sábado, 20, trazemos um mergulho histórico nas gestões de Palmas: Seus legados e desafios!

Em vídeo e podcast as reflexões das “Gestões de Palmas” num material que traça também os rumos da capital do calor humano! Nosso primeiro entrevistado está com 83 anos, mora há mais de 50 numa fazenda em Taquaruçu Grande ali em meio a um verde de encher os olhos.

Fenelon Barbosa tem papel crucial na história dos 34 anos da capital. Ele nos recebeu na varanda de sua casa e abriu o baú de memórias.

“Pois é, graças a Deus é um lugar abençoado. Nós já temos há muitos anos essa fazenda aqui. Nós compramos ela já tem 55 anos, que ela é nossa. Que bom”, diz com orgulho sobre onde mora.

Peço para ele me contar um pouquinho dos momentos iniciais e quando tomou a decisão de ajudar a criar Palmas: “O seguinte, antes, houve a emancipação de Taquaruçu Nós emancipamos Taquaruçu , como foram emancipados outros distritos também por aí. Aí, como ficou aquela polêmica da capital em Miracema, que não poderia continuar lá, aí um dia o Siqueira veio aqui, marcou uma reunião comigo ali no Palacinho, e nós conversamos e ele falou comigo se eu cedia o nosso município e ajudasse ele a colocar a capital aqui. Aí eu também não pensei duas vezes, combinei com ele que estava feita a contratação, aí no dia seguinte já vim com os vereadores fazer a transferência do nosso município para capital e ajudar a transferir a capital de Miracemba para cá”, conta.

Ele continua ainda: “Nós tínhamos que fazer a nossa parte, como nós fizemos, começou uma hora da tarde, entrou pela noite, até no outro dia, cinco horas da manhã, ficou tudo pronto, todo o processo de transferência da capital aqui para esse local. Como eu era o prefeito na época, continuei sendo prefeito, só que aí passei a ser prefeito de Palmas. E fizemos um trabalho aí no início, povoando Palmas, trazendo mudança de todos esses estados aí da Bahia, do Piauí, do Maranhão, Goiás, trazendo famílias e mais famílias e assentando aqui em Palmas. Tinha equipe de pedreiro construindo casa e nós doávamos lotes para as famílias que iam chegando. E assim foi povoado Palmas o mais rápido possível”, relembra.

“O governador Siqueira Campos cuidou da parte central da cidade e eu cuidei aqui dessa parte sul, povoando também, aí do Aureny 2, Aureny III, Santa Fé, Taquaralto , toda essa região aí. Eu fiz o loteamento e fizemos a doação de lotes para povoar Palmas o mais rápido possível”, relembrou.

O que mais marcou?

“O que marcou muito assim foi aquele momento, aquele momento de transição do nosso município para Palmas e trazer Palmas, ajudar a transferir Palmas aqui. Isso aí marcou na minha vida, nunca esqueço isso. É uma benção de Deus, Deus nos deu essa honra, desenvolveu essa região muito, né? E nós fizemos logo os primeiros hospitais, postos de saúde. Improvisamos alguns hospitais por aí, postos de saúde e as primeiras escolas, tudo foi nós que fizemos naquela época”, relembra.

Ele relatou ainda a questão orçamentária e respondeu Como foi administrar só com 24 % do FPM. “Olha, foi muito apertado isso aí, porque precisava de tudo, precisava fazer tudo, precisava fazer pontes, fazer estrada, fazer colégios, fazer postos de saúde, tudo precisava, os grandes loteamentos daquela época, tudo foi nós que fizemos. Então, isso foi muito apertado, isso aí não foi fácil, não. Isso aí nós lutamos com muito boa vontade, porque senão não daria certo”, conta.

Ele comenta ainda sobre seu legado para Palmas, sobre o sonho de ver o filho Wanderlei Barbosa chegar ao governo e do orgulho do neto deputado Léo Barbosa e ainda do também filho Marilon Barbosa. Fenelon falou ainda sobre a Palmas dos 34 anos.

Ouça a íntegra da entrevista em podcast:

Continue acompanhando a nossa websérie, porque nós conseguimos entrevistar todos os ex -prefeitos de Palmas. Parabéns, Palmas, 34 anos.

Neste domingo no episódio 2, Eduardo Siqueira abre o coração sobre sua gestão!

Episódios Websérie “Gestões de Palmas”

Exclusivo Gazeta do Cerrado

20 de maio: Fenelon: da poeira ao orgulho político

21 de maio: Eduardo Siqueira: as memórias do garimpo humano

22 de maio: Nilmar e a Palmas da identidade cultural

23 de maio: Raul sem filtros: revelações, polêmicas e legado

24 de maio: Fator Amastha na história política da capital

25 de maio: Cínthia e os 34 anos: que Palmas é essa?