Maria José Cotrim
Uma “caçada pessoal” e punição aos membros da corrente CNB seria a justificativa para os processos de punição e possível expulsão de membros do PT no Tocantins. A avaliação é de alguns filiados e também da secretária estadual de Cidadania e Justiça, Gleidy Braga.
Com filiação na legenda desde os 17 anos, a secretária questionou em entrevista à Gazeta do Cerrado a conduta do presidente estadual da legenda, deputado José Roberto Forzani. ” Há muitos companheiros do partido que também estão ocupando cargos estratégicos e que não entram na lógica de punição do presidente”, frisou. Conforme a Gazeta do Cerrado apurou, há vários petistas em cargos de diretorias, gerências e outras colocações em vários municípios que seriam indicações do deputado e também do petista Paulo Mourão e que não foram convocados para julgamento e punição. Ampla maioria dos que serão julgados é da CNB.
O presidente alega que os convocados descumprem a decisão de junho do congresso estadual de romper com a gestão estadual e entregar os cargos porém na instância nacional da legenda há um recurso questionando a votação da plenária pois há suspeita de falta de quórum. O partido não aguardou nem o resultado deste recurso na nacional para proceder com os julgamentos.
” O presidente deveria refletir, essa postura não agrega nada ao partido e está parecendo uma disputa de cunho eleitoral já pensando nas eleições de 2018. É preciso ter compromisso com o Estado, estamos desenvolvendo um trabalho importante neste momento de transição inclusive no sistema penitenciário, por exemplo”, frisou.
A secretária ainda continuou: ” A postura é de quem não quer diálogo e quer que saiamos do PT pelas portas dos fundos. Eu desde os 17 anos estou mo partido e ajudei os meus pais na expansão do PT em Dianópolis, somos petistas que ajudaram a construir a história do partido com muito orgulho. É preciso ter coerência”, pediu.
A reunião será no sábado, dia 2, na capital onde os petistas convocados poderão se defender.