Maju Cotrim – Gazeta do Cerrado
A semana foi daquelas para o governo Estadual! Decisões judiciais de um lado sobre o concurso da Defesa Social e ainda o retorno das 30 horas para os servidores da enfermagem e do outro a interdição da ponte.
De um lado a repercussão do fechamento de 21 escolas e do outro a entrega da reforma da única escola do ensino médio em Oliveira de Fátima com presença do governador.
De um lado deputados começando o ano com discursos de apoio ao Estado na tribuna mas por outro também já com muitas preocupações e questionamentos ao governo. Inclusive os aliados.
De um lado reunião com deputados e com empresários para explicar a reforma administrativa, de outro sobrou aos técnicos do governo a reunião com os sindicatos para explicar a medida. E eles já avisaram: vão mobilizar Assembleia para tentar alterar a MP que congela os benefícios por 30 meses.
Em meio a todo esse processo algo chama atenção: a postura de Carlesse diante das situações. Vale ressaltar duas delas: na ponte em meio à reclamação do prefeito de Porto Nacional, Joaquim Mais na frente de vários veículos de comunicação não hesitou em defender sua posição como governo de interditar. Para muitos a postura irredutível dele no episódio soou como firmeza diante do cenário e para outros ele deveria ter feito a linha compreensível mesmo já tendo tomado a decisão. Ele disparou: “se cair a ponte a culpa será do governador e não do prefeito”. Ou seja, como é uma TO cabe ao governo decidir inclusive diante da situação.
Sempre citando gestões anteriores Carlesse tem dito que está fazendo diferente sem adiar decisões. Para muitos, ato corajoso esse de se impor quando a situação exige algo enérgico como a ponte. Até a secretária que o questionou durante a vistoria na ponte ele fez questão de responder e seguiu caminho. Mostrou que está consciente diante da decisão que tomou.
Um dia depois no Palácio o governo emplacou uma agenda positiva que já pode ser considerada a maior ação do ano até agora: a MP da redução do ICMS para a aviação. De fato pode vir redução até para o bolso do consumidor com a medida.
Não sem dar por duas vezes aquela bronca básica no secretário da Fazenda. Carlesse fez no seu tom natural de brincadeira mas ficou claro que era uma reclamação sim. “Era para ter saído antes essa MP… né Sandro!? Quando eu pedir tem que ser mais rápido”, disse. Em outro momento novamente ele disse que faltou agilidade na medida. Ou seja: com seu jeitão empresário de ser Carlesse faz missa de corpo presente.
Depois… ele que não ia dar entrevista não recusou falar à nossa equipe. Não só sobre a ponte… comentou sobre os concursos pendentes. Na verdade ele disse que ainda está analisando todos os assuntos mas respondeu. Não se esquivou quando questionado. E com calma. Muitos governadores anteriores sequer respondiam assuntos que não eram o do dia.
A população espera respostas para a Ponte de Porto que virão com o laudo que está sendo feito. Resta saber se haverá critérios para a balsa, se haverá público prioritário que pagará menos ou que passará gratuitamente.
Foi uma semana agitada que exigiu do governo clareza e também estratégia para informar sobre os assuntos que afetam diretamente a população e a economia como a ponte, por exemplo.
Em meio a pressão de todos os setores, Carlesse já tem suas frases feitas que reponde com tranquilidade e uma delas é: “ Estamos pensando no futuro”. Ele aposta mesmo que toda essa turbulência vai dar os resultados esperados que é reenquadrar o Estado, liberar os empréstimos, viabilizar os investimentos e industrializar o Tocantins.
Mas uma coisa é certa: Carlesse não manda recado e seja reclamação ou bronca ele mostra que se impõe. O seu slogan de campanha: “Governador de Atitude” independente dos erros e acertos se aplica na prática.
Vamos ver os próximos capítulos!