Maria José Cotrim – Gazeta do Cerrado
O governo do Tocantins ainda não deu previsão para o pagamento do acerto dos mais de 1.300 mil servidores que foram demitidos através de ato no Diário Oficial pelo governador interino, Mauro Carlesse do PHS. As demissões fazem parte de um pacote de ajustes que a atual gestão faz para reenquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nossa equipe oficializou ainda nesta segunda-feira, 24, demanda pedindo esta informação junto á Secretaria da Administração, responsável por esta questão. Até o final da tarde após várias ligações de nossa equipe ainda assim não veio nenhum retorno. A Gazeta do Cerrado entrou então em contato com o secretário da Fazenda, Sandro Henrique que informou estar viajando mas não soube dar nenhuma previsão do acerto.
Nossa equipe tentou levantar ainda o valor do acerto dos demitidos e também se o pagamento sairá na próxima folha porém o governo não deu previsão.
Além dos mais de mil assessores demitidos a atual gestão fará mais cortes nos contratos. Segundo o governo, a intenção é enxugar a máquina porém sem atrapalhar o andamento dos trabalhos e dos serviços á população. Vários demitidos estão apreensivos com relação ao pagamento do acerto.
O ato de Carlesse na última semana, assim que voltou ao Palácio, exonerou os atuais ocupantes dos cargos em comissão de assessoramento especial dos diversos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado do Tocantins, denominados “Assessor Especial”, Níveis I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII, Símbolo AE-1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12. Os salários dos demitidos vão de R$ 1 mil a R$ 4.200.
As demissões geraram polêmica e ganharam apoio de alguns setores porém críticas de outros. O Sindicato dos Servidores Públicos – Sisepe informou á Gazeta esperar que o governo não recontrate outras pessoas para os cargos.
O que diz o governo
Sobre as exonerações o governo afirmou em nota:
“Sobre o programa de Ajuste Fiscal e Adequação Econômica (Ajusto) o Governo do Tocantins esclarece que o Decreto estabelece metas para até 31 de dezembro de 2018, sendo uma redução de despesas com pessoal não efetivo (contrato temporário) em até 60% e redução nos cargos em comissão de até 40%.
Portanto, os cortes efetivados no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira, 20 de abril, atingem somente os atuais ocupantes dos cargos em comissão de Assessoramento Especial, dos diversos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, perfazendo um total de 1.359 servidores, sendo 1.233 exclusivamente comissionados e 126 servidores efetivos exonerados de seus cargos em comissão, segundo o governo”.