Uma força-tarefa composta por 350 policiais de cinco estados está perseguindo um grupo criminoso que tentou assaltar uma transportadora de valores em Confresa (MT) e planejava roubar até R$60 milhões, de acordo com o comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Márcio Barbosa. Até o momento, seis suspeitos foram mortos e um foi preso. A quadrilha é originária do interior de São Paulo e investiu bastante dinheiro e tempo no planejamento da ação.
Os suspeitos entraram no território tocantinense pelos rios Araguaia e Javaés e a operação de busca está em andamento na região oeste e sudoeste do estado, na zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis e na Ilha do Bananal, além de cidades do entorno. A quadrilha é extremamente preparada, mas não conseguiu levar nenhum dinheiro.
Durante a ação, os criminosos calcularam que teriam três horas para arrombar o cofre da base de valores, tempo estimado para que o Bope da Polícia Militar do Mato Grosso, que estava em Cuiabá, chegasse a Confresa. Com duas horas e meia, os criminosos abandonaram o cofre sem levar nada e fugiram em direção ao Tocantins.
Até agora, quatro suspeitos morreram em confronto com policiais no interior do Tocantins, no fim da tarde desta terça-feira (18). Quatro fuzis também foram apreendidos. Durante os dez dias de operação, foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas.
O governador do estado, Wanderlei Barbosa (Repúblicanos), afirmou que o grupo criminoso tem prejudicado as colheitas na região devido à insegurança e o risco de novas ações criminosas. As prefeituras de Marianópolis do Tocantins e Araguacema tiveram que suspender serviços públicos, como aulas e atendimento médico na zona rural, para evitar risco aos profissionais e à população. As buscas são feitas com a ajuda de cinco aeronaves enviadas por outros estados, barcos, drone e cães.
A Operação Canguçu, como foi chamada a ação de busca pelos criminosos, está em seu décimo dia e o comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, Márcio Barbosa, afirmou que acredita que logo a operação seja encerrada e todos os suspeitos sejam neutralizados. O coronel enfatizou a importância da colaboração da população, que está fornecendo alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.