Fotos e reportagem por Marco Aurélio Jacob
Gazeta do Cerrado
Quando pesquisas como a do Dr. Thomas Gilovich, professor de psicologia na Universidade de Cornell, apontam que “viajar traz mais felicidade do que bens materiais” e sugere que devemos gastar mais com experiências (ou viagens) do que com coisas, paramos para pensar em como viajar mais e como ganhar e economizar dinheiro para viabilizar estas experiências.
Fazer uma poupança específica, guardar todas as moedas em um cofrinho, economizar um real por dia, trocar o celular pós pago por pré-pago, presentes por dinheiro, enfim, existem vários métodos para realizar estas viagens que muitas vezes são sonhos que alimentamos ao longo da vida, como conhecer lugares de beleza cênica impressionantes como o Jalapão, a Chapada dos Guimarães ou Bora Bora, ou turismo histórico em Ouro Preto, Roma ou Egito, ou artístico como Paris, Londres, Firenze ou Barcelona, como todos aqueles museus e construções impressionantes.
Existem aquelas viagens de ultima hora, as que são a trabalho, as românticas, as familiares, as programadas, e até as improvisadas. Não tem como mesurar qual delas irá te fazer mais feliz, pois vários fatores interferem neste processo, assim como a qualidade da experiência que teve oportunidade de ter.
Saindo um pouco do subjetivo, aqui vão algumas dicas para que estas viagens não fiquem apenas na mente e se concretizem:
Guia para viajantes da Gazeta:
1. Busque o lugar que irá te deixar feliz ao conhecer. Tente conciliar com a ou o companheirx ou família, se este destino pode agradar a todos. Cada época (tanto da vida como do ano) pode inspirar diferentes tipos de destino. Por isso comece cedo e não pare nunca de viajar.
2. Pesquise a melhor época do ano para visitar este destino, por exemplo, épocas de chuva ou neves intensas podem sim causar transtornos ou fazer perder um ou uns dias de uma viagem internacional de 7 dias por exemplo, o que causaria um prejuízo incalculável.
3. Cuidado com as promoções, o que pode ser bom pode ser inconveniente, inúmeros motivos são os que levam as promoções, mas o principal deles é aumentar as vendas, e se não está vendendo pode ter motivos que inviabilizariam sua viagem se soubesse. Eu por exemplo, deixei de visitar Washington, quando fui a Nova Iorque, as cidades ficam a 200 km de distância, pois queria visitar o museu aeroespacial que na época, estava em reforma. Se eu não soubesse disto, iria perder a viagem, pois estava com meu filho pequeno e para ele visitar a casa Branca por si só não seria tão interessante (ou legal) quanto ver um ônibus espacial:
4. Acomodação. Um dos principais fatores de gastos, acessibilidade, facilidade ou desespero em uma viagem é a acomodação. Cuidado com o site que escolhe para fazer a reserva. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, paguei no mesmo hotel, no mesmo final de semana e no mesmo quarto, dois valores bem diferentes, o primeiro R$ 169,00 e o segundo com uma dica da própria recepcionista, R$ 79,00. (imagina a minha frustração em não poder cancelar a primeira reserva, pelo menos na primeira diária). Tem muitos sites, pesquise bem.
Em muitos países existem os Albergues (Hostels) que são bem mais baratos por serem bem mais simples que os hoteis e permitirem poucas ou muitas pessoas por quarto, o que irá interferir no custo, claro. Mas cuidado, pode ser muito longe ou com condições péssimas, já queimei a fonte do meu Mac na tomada de um péssimo (e muito velho) hostel em Lisboa. Atualmente existem acomodações alternativas, em quartos de moradores como no sistema Airbnb (é uma abreviação “air bed and breakfast”: Ar, cama e café da manhã)
ou aluguel de uma casa inteira, dependendo da quantidade de pessoas que vão ou por quanto tempo tem para ficar no destino. Outra opção é o site Nightswapping, (troca noturna em tradução livre) que você pode até conseguir se acomodar de graça. Nesse caso, o serviço funciona basicamente como uma moeda de troca: você se cadastra e oferece uma acomodação. A cada diária oferecida a alguém, você acumula pontos – que nada mais são do que diárias que você pode usar em suas viagens. O sistema ainda é pouco conhecido no Brasil, mas já existe em 150 cidades no mundo e tem cerca de 70 mil membros. Existem várias opções de hospedagem alternativa, tem troca de casas, troca de trabalho por hospedagem, enfim, vale a pesquisa.
5. Atrações do destino: veja quais as principais atrações a melhor época de visitar elas, e o preço, tem atração que custa mais cara que a viagem… e tem as que são de graça. Eu por exemplo, consegui assistir ao show do mestre do Blues BB King de graça em Nova Iorque.
6. Transfer do Aeroporto: como ir do aeroporto ao local de hospedagem por ser um problema por inúmeros fatores: Horário, custo, acessibilidade e etc. Tem hotéis ou mesmo albergues (hostels) que oferecem este tipo de serviço, vale a pela dar uma olhada nisso. Ou mesmo empresas que vendem Vouchers (bilhetes) como metros, trens ou vans que podem ajudar a economizar, já que táxi costuma ser mais caro, e tem os novos serviços como o Uber. Fica a dica, planeje antes, pois vários aeroportos são bem longe da cidade destino.
7. Cultura local, aproveite para prestar atenção nas pessoas, nas vestimentas, nos hábitos, nos gestos, enfim, na cultura nova a que está sendo inserido. Se conseguir, faça o máximo de amizades no local de visitação, elas podem ser úteis e valiosas, dando dicas ou mesmo tornando a experiência mais autentica e visceral.
8. Gastronomia, aproveite também para conhecer a culinária local e regional. já que podem mudar tanto o tempero e os hábitos de região para região. Eu ia em uma restaurante um pouco melhor em cada nova cidade que visitava, essa é uma dica pessoal, acho que vale a pena.
9. Fale a pena fazer um cronograma, infelizmente, mesmo para aqueles que gostam de improviso. Pois poupa tempo, dinheiro e não te faz perder o que sempre quis conhecer.
10. Show e apresentações, festas típicas ou feiras populares são sempre uma aula que será levada para a vida toda. Vale a pena, sempre. E vá com o coração aberto, sem julgamentos de por que isso ou aquilo ou com “nojos”, isso não combina com quem quer conhecer ou experimentar algo novo.
11. Turismo religioso. Também pode ser uma bela surpresa descobrir destinos como Bom Jesus da Lapa na Bahia, que construiu inúmeras igrejas, (7 para ser preciso) dentro das cavernas e grutas de uma montanha, lugar impressionante. Só cuidado, se for em épocas de procissão, vá preparado, pois podem precisar de reservas com muita antecedência e os locais podem estar lotados. Existem os lugares místicos como a capela de Ossos de Évora, em Portugal, um tanto sinistro, mas interessante.
Ou os Festejos Religiosos espalhados Brasil e mundo afora.
12. Excursões valem a pena? Sim, em muitos casos podem tornar a viagem mais barata e mais dinâmica. Ou seja, tudo com hora de chegar e sair, com as principais atrações destacadas e com guias especializados, dependendo da excursão claro.
13. Contratar guias vale a pena. Eu digo simples e diretamente. Sim. Se o guia for competente. Já que ele irá trazer as informações que podem tornar um objeto ou local neutro em uma revelação interessante. tem também os guias auditivos, normalmente nos museus mais importantes, todas as obras tem áudio descrição. Também vale a pena. Mas o guia de museu te levara diretamente nas obras mais importantes. Coloque na balança.
14. Leis locais, sim, quando você entre em algum país, você está (mesmo sem saber) de acordo com a legislação local, e não a nossa brasileira. Ou seja, tem países com pena de morte, e se está neles pode sofrer esta punição se cometer o crime que leva a isso. Portanto Cuidado e bom senso, sempre.
15. Alugar carro, transporte público, locação de bicicletas ou taxi (ou uber), cada destino terá uma resposta diferente. Por isso a pesquisa prévia vale a pena. Eu fiz uma pesquisa com compra de trechos, reservas e principais atrações de uma viagem de 21 dias para a Europa em uma semana. E valeu muito a pena.
16. De carro, ônibus, trem (principalmente mundo afora, já que infelizmente desde os tempos do império o Brasil não aprendeu a importância do trem)
Mas a boa notícia é que existem meios para embarcar para o seu próximo destino sem gastar nada com as suas passagens: utilizando um programa de pontos ou milhagens. Veja como acumular e aproveitar as suas milhas aéreas para voar ou até mesmo para ganhar algum dinheiro para ajudar nas despesas da viagem. A maioria dos cartões normais paga ou bonifica uma milha a cada dólar gasto no cartão de crédito.
Concentre seus gastos em um único cartão de crédito
A maioria das bandeiras oferece programas de fidelidade, permitindo que os clientes acumulem pontos que podem ser convertidos em milhas aéreas. Quanto mais você usa o cartão, mais pontos são acumulados durante um período menor. Verifique o funcionamento do programa de seu cartão e em quais companhias aéreas você pode utilizar as milhas acumuladas. Existem cartões de crédito dedicados às milhas de companhia aérea A ou B, eles tem anuidade mais cara, mas convertem mais milhas por real gasto no cartão.
Fidelização também ajuda
Vale a pena centralizar seus pontos em um único programa de pontos de uma companhia específica. Opte pela empresa que oferece os melhores preços e benefícios ou mesmo que faça parte de alguma grande aliança. Geralmente, clientes fiéis criam um histórico que pode aumentar a pontuação das milhas (quando sobe de categoria, mas normalmente é por frequência de voos).
Renda-se às conexões
A maioria das companhias de milha atribui pontos a partir das distâncias percorridas em voo. Se for o caso do seu programa de milhas, as conexões vão gerar mais pontos do que voos diretos ao destino final.
Vender ou comprar milhas pode ser um bom negócio
As milhas cumuladas têm prazo de validade. Isso pode ser um transtorno se você possuir milhas demais ou de menos para viajar. Fique atento à data de expiração e para atingir o seu objetivo de viagem. Se as milhas estiverem sobrando, vale mais a pena vender e conseguir um dinheiro extra. Já quem precisa de poucas milhas para completar sua meta de viagem pode comprar o pouco que falta para não adiar os planos.
Lembre-se de utilizar as suas milhas para algum fim antes você perca o benefício. Existem sites especializados no assunto, que fazem a transação com segurança pela internet.
Ainda tem os pontos dos postos de gasolina, aqueles que tem que passar o CPF na hora do pagamento. Cuidado, quanto tentei transferir os pontos eles estavam cobrando uma taxa exorbitante, para transferir 4 mil pontos, mais caro que o trecho que costumo viajar que é entre Palmas e Curitiba. É lá naquele posto que dizem que tem tudo. Tem até taxas para os pontos que supostamente eram de bonificação.
Aguardem as próximas dicas para economizar para viajar e as dicas de hospedagem alternativas.
Saudações Solidárias.
Com informações do Catracalivre