Equipe Gazeta do Cerrado

Nesta terça-feira, 25, fazem exatamente 10 anos que o ex-governador Marcelo Miranda foi cassado pela primeira vez. Ele deixou o governo e foi substituído pelo então presidente da Assembleia, Carlos Gaguim.

A decisão foi tomada na sessão plenária do TSE por unanimidade e seguiu parecer do Ministério Público. Marcelo Miranda só deixou o cargo depois que a corte julgou os eventuais recursos que poderiam ser apresentados contra a cassação.

10 anos depois Miranda teve mais uma cassação no ano passado no seu último ano de gestão. De lá para cá ficou de molho politicamente e agora começa a reaparecer no cenário político desde que foi eleito presidente do MDB no Tocantins. Ele promete andar todo o Estado em busca de fortalecer a legenda e se dedica integralmente ao partido atualmente.

Miranda é eleito presidente do MDB no Tocantins – Divulação

Uma das frases que Miranda sempre gosta de dizer nas várias situações de adversidade pelas quais passou é: “estou de cabeça erguida”. Mesmo tendo passado por tantas turbulências dentre ascensões e quedas políticas Miranda mantém em torno de si aliados cativos que o acompanham há anos, seja nas vitórias ou nas derrotas. Dentre idas e vindas nos cargos públicos, o ex-governador figura como uma das principais figuras da histórica política do Tocantins sendo o único do Brasil a ser cassado duas vezes no mesmo cargo.

Primeira cassação

Marcelo Miranda foi eleito governador pela primeira vez em 2002 e cumpriu integralmente o mandato até 2006, quando foi reeleito. Durante a segunda campanha, se voltou contra o antigo aliado, Siqueira Campos e acabou superando ele nas urnas. Ele continuou no Palácio Araguaia até 2009, quando foi cassado.

A decisão na época foi do Tribunal Superior Eleitoral, por irregularidades encontradas na campanha de 2006. Miranda ficou inelegível pelo prazo de oito anos. O comando do executivo acabou com o então presidente da Assembleia Legislativa, Carlos Gaguim. Ele venceu uma eleição indireta e ficou no cargo até o fim de 2010, mas não conseguir se reeleger e foi sucedido por Siqueira Campos.

Campanha ao Senado

Por causa da decisão do TSE em 2009, o político acabou impedido de assumir o mandato como senador quando foi eleito para o cargo em 2010. Ele foi o mais votado em todo o estado, mas teve o diploma negado com base na Lei da Ficha Limpa. Quem assumiu foi o primeiro suplente, senador Vicentinho Alves (PR).

Eleições de 2014 e avião em Piracanjuba

Durante as eleições de 2014, Marcelo Miranda precisou ir à Justiça para conseguir o direito de se candidatar. Ele era o favorito nas intenções de voto, mas não tinha certeza se poderia continuar no governo em função da condenação em 2009. Ele foi autorizado a concorrer, mas o candidato a vice, Marcelo Lélis (PV), foi impedido.

 

Marcelo formou chapa com Cláudia Lélis (PV) e acabou ganhando no voto popular. Durante a campanha, a Polícia Civil apreendeu um avião com R$ 500 mil em dinheiro e santinhos da chapa Miranda-Lélis em Piracamjuba (GO). O caso levaria à nova cassação dele em 2018.

Operações da Polícia Federal

Ao longo do segundo mandato, Marcelo Miranda foi alvo de várias operações da Polícia Federal que investigam esquemas de corrupção. O primeiro caso foi em novembro de 2016, quando foi deflagrada a primeira fase da Operação Reis do Gado.

O inquérito investiga um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações públicas. Miranda chegou a ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento no caso. Parentes dele foram indiciados, inclusive o pai, Brito Miranda.

Em outubro de 2017, foi lavado para depor novamente. Ele foi interrogado por um ministro do Superior Tribunal de Justiça na quinta fase da Operação Ápia.

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